Foto: Fábio Reis
Dias, semanas, meses...
Aos poucos a gente ganha intimidade e vai deixando de lado as formalidades!
Íntimos... abrem a porta da geladeira sem pedir permissão, bebem no mesmo copo, dividem os talheres e o prato, contam segredos, compartilham fraquezas e relembram momentos que parecem distantes.
Os pensamentos escondidos passam a ser conhecidos apenas na sutileza dos olhares. Um levantar de sobrancelha ou um sorriso tímido no canto da boca dispensam as palavras. Os sentidos se aguçam entre os íntimos.
A intimidade é uma delícia. Sapatos confortáveis, pés descalços na areia, balanço de rede, brisa do mar, chimarrão no final da tarde e cafuné. A intimidade abre espaço para a liberdade, traz o aconchego nos dias de medo, torna próximo o distante.
O tempo passa, mas quando os íntimos se encontram... a sensação é de que o tempo não passou. Seguem o diálogo na mesma cadência da última vez. O cenário pode ser diferente, os íntimos talvez tenham mudado, mas a intimidade sempre os aproxima e os remete a uma continuidade serena e tranqüila.
A intimidade é também um caminho sem volta... e quem disse que eu quero voltar.