sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Eu te desejo...

(Rumo a 2012..)

Eu te desejo...
Uma vida longa e saudável
Dias de paz e brisa do mar
Cheiro de terra molhada
Uma parada para assistir um belo pôr-do-sol
Bons amigos ao redor da mesa
Uma taça de um bom vinho nas noites de inverno
Outra de espumante para os fins de tarde no verão
Um sorriso largo para encarar as dificuldades
Um coração generoso para com o próximo
Mãos afetuosas para acalentar a tristeza
Força diante dos desafios e desapontamentos
Bom humor nos tropeços da vida
Paciência e persistência para ultrapassar os obstáculos
Uma consciência tranquila e noites bem dormidas
Um amor para aquecer o coração
Novos sonhos para seguir em frente
Talvez sejam muitos desejos...
Então, desejo apenas que sejas feliz!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Coragem...

(Arthur's Seat, novembro de 2011)

Fazia algum tempo que não nos encontrávamos. A correia do dia-a-dia. As muitas viagens a trabalho. As mudanças dos últimos meses. Ainda assim, vez que outra passávamos algum tempo ao telefone para diminuir a distância. Nos nossos poucos encontros, o tempo voava e não dava tempo de nos atualizarmos de todas as pequenas novidades. Foi assim que mantivemos uma intimidade singular depois de tantas transformações. Mas confesso que, naquele dia, ela estava diferente ao telefone. Precisava me encontrar com uma certa urgência. Queria desabafar e me escutar para se sentir menos solitária. Depois de uma longa conversa, tudo o que consegui dizer foi:

- É preciso coragem para aceitar o fim do amor!

Essa frase ressoou nas paredes da sala do meu apartamento e no meu próprio coração. De fato, é preciso coragem para quem vê o amor escoando entre os dedos. Sofre quem deixa. Sofre quem é deixado. O fim do amor nunca é indolor. Por isso, eu repeti... é preciso coragem para escalar essa montanha, minha amiga.

Sim, é preciso coragem para aceitar que não se trata de "mal me quer ou bem me quer..." A gente pode continuar querendo o bem da outra pessoa, a companhia e a amizade, mas já não é um amor eros. É preciso coragem para machucar quem ainda se quer bem, pois é melhor deixar o outro livre para viver um novo amor, do que mantê-lo preso e mal amado. Também é preciso coragem para aceitar o fim e ver o ser amado partir. Coragem para não se contentar com as migalhas de afeto do que já foi um grande amor. Presentes, ligações, e-mails ou telegramas perdem o valor. Não adianta insistir. Você ainda ama, mas amar sozinho não basta. Então, é preciso coragem para não ligar, não escrever, enxugar as lágrimas e esquecer mesmo sem se conformar com o fim.

Naquela noite chuvosa, eu olhei com ternura a minha amiga, quase como quem se vê num espelho. Beije-lhe a testa e a abracei com um coração despedaçado. Continuei a minha frase, como se ela estivesse lendo os meus pensamentos:
- Hoje pode parecer impossível, mas é preciso coragem para, ao menos, começar a tentar querer esquecer...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E as novidades?!

(Londres, outono de 2011)

O telefone toca e você me pergunta: 
- E as novidades?!
- De fato, nada de extraordinário me aconteceu nos últimos dias.
Entre o fim da primavera e o início do verão...
Entre raios de sol e tempestades...
Entre dias leves e pesados...
Entre os altos e baixos hormonais de qualquer mulher...
Eu sigo com o mesmo sorriso no rosto e cabelos desalinhados.
Cabeça erguida para disfarçar o último tropeço.
Tento respeitar o ritmo da vida, nem sempre no compasso que desejo.
Tive aulas de dança para aprender a me deixar conduzir.
Revi alguns bons amigos e encontrei novos pelo caminho.
Celebrei as vitórias da semana com um bom vinho.
Feliz por não estar mais sedentária, sinto as dores musculares da troca de treino.
Amanhã começo uma nova dieta por 17 dias para me preparar para o biquíni.
Ajudei meu pai a montar um sofá-cama no escritório no final de semana.
Ainda checo minha caixa de entrada à espera de uma resposta.
Talvez eu devesse seguir o teu conselho.
Por isso, eu comecei a planejar a próxima viagem.
Enquanto admiro o pôr do sol, eu deito na velha rede para pensar no ano que quase termina.
Recordo alguns bons momentos como os flash backs dos seriados.
Tantas coisas boas me aconteceram...
Tantas lágrimas desnecessárias...
Tantos destinos e possibilidades...
Aproveitando o último mês do ano, decidi entrar num momento de auto-avaliação: Fechada para balanço!
Bom, além de todos esses pequenos eventos do meu cotidiano, acho que não tenho novidades.