segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sentimentos não se organizam!

(Pelas ruas de San Telmo, Buenos Aires)


Sentimentos não se organizam. A frase ressoou na minha mente como os sinos estridentes da igreja de uma pequena cidade. De fato, a “administração” como ciência, por vezes, se torna uma erva daninha para mim. Ela extrapola o âmbito profissional e penetra nas mais diferentes esferas da minha vida. Eu me percebo presa aos princípios clássicos de Henry Fayol: PODC - Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Contudo, nem sempre é possível administrar a vida com os mesmos princípios que se administra uma empresa. Reconheço essa limitação do meu campo de estudo e admito que a vida é muito mais complexa.
Concordo, sentimentos não podem ser administrados. Eles não são planejados. A beleza está na espontaneidade. Também não podem ser organizados em pastas por ordem alfabética. Muito menos, dirigidos de maneira lógica ou controlados pela lei do custo-benefício.
Os sentimentos são inexplicáveis. Eles nos invadem sem aviso prévio e não nos abandonam pela nossa própria vontade. São soldados persistentes. Por vezes, lutamos contra eles. Tentamos nos convencer de que devem ser ignorados. Travamos uma profunda guerra interior entre razão e sensibilidade. Até finalmente, entregarmos os pontos. Nos permitimos simplesmente sentir.
Não adianta complicar. O melhor é tentar entender a simplicidade dos ingredientes de cada sentimento. Para mim, o amor é uma química de afinidades, respeito mútuo, carinho e companheirismo. Por vezes, saí faísca. A mistura entra em erupção. As pessoas mudam. Por isso, é preciso calma. Esse caminho nem sempre é fácil, pois envolve autoconhecimento e compreensão do próximo. Ele não pode ser organizado, controlado, dirigido. Conduzir ou deixar-se conduzir? Sim... somente ao som de um belo tango.


Dos gardenias para ti
Con ellas quiero decir:
Te quiero, te adoro, mi vida
Ponles toda tu atención
Que seran tu corazón y el mio

http://www.youtube.com/watch?v=rublV5LQ5Ds

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