As ondas tsunamis estão cada mais vez frequentes pelo mundo. Temos visto uma potência mundial sucumbir diante de terromotos, uma tsunami e ameaças de explosões nucleares. Há um mês, tudo esta em paz no Japão. Acostumados aos tremores decorrentes da localização no globo terrestre, os japoneses foram habilidosos ao construir seus prédios e os reatores estavam duplamente protegidos. O país estava tecnologicamente preparado, mas não para tantas catástrofes ao mesmo tempo.
Os últimos acontecimentos abalaram não apenas o Japão. É quase inacreditável para o mundo o que está ocorrendo naquela pequena ilha. De um lado, a situação do país nos sensibiliza - milhares de mortos, problemas de abastecimento, destruição e radiação nuclear. Por outro, é impossível não pensar na brevidade da vida e na nossa pequenez diante da força da natureza. Tantos sonhos, tantos planos, tantas vidas levadas por uma onda gigante!
Tudo isso me fez refletir sobre o meu hábito de planejar a vida. O tempo todo estou elaborando planos pequenos ou grandes para realizar meus objetivos. Entretanto, em diversas situações me deparei com uma completa mudança de planos. Essas mudanças testaram toda a minha capacidade de adaptação e ainda assim eu continuei planejando.
Contudo, depois dos últimos fatos no Japão, eu acho que preciso rever meus planos. Eliminar alguns, reformular outros. Talvez eu esteja iniciando uma fase mais imediatista da minha vida. Talvez eu tenha me convencido de que é melhor não ter mais planos. Esse sim seria um enorme desafio para uma doutora em administração tão habituada a seus planos de curto, médio e longo prazo - rasgar o planejamento estratégico e viver a risca a filosofia "como se fosse o último dia..." Mas como vou realizar tão façanha? Acho que preciso de um plano! ;-)
ROSA DE HIROXIMA (Vinícuis de Moraes)
Pensem nas crianças mudas, telapáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres rotas, alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas so não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroxima, rosa hereditária
A rosa radioativa estúpida e inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume sem rosa, sem nada
Sem cor sem perfume sem rosa, sem nada
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres rotas, alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas so não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroxima, rosa hereditária
A rosa radioativa estúpida e inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume sem rosa, sem nada
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