(Mosaicos de Bolonha, março de 2015)
Ele não pediu permissão. Puxou a cadeira e sentou do meu lado. Percorreu minha história e escutou atentamente algumas confissões. Me compartilhou seus segredos.
Ele não pediu permissão. Me tirou para dançar e acertamos o compasso. Segurou firme na minha cintura e me fez flutuar.
Ele não pediu permissão. Circulamos pelas mesmas ruas e admiramos a mesma paisagem. Muitas coisas não precisaram ser ditas. As coincidências falaram por nós.
Ele não pediu permissão. Fez amizade com o porteiro e entrou na minha casa. Ocupou seu espaço na mesa e no meu guarda-roupa.
Ele não pediu permissão. Eu não resisti e me entreguei. Ele não hesitou. Tornou-se meu amigo, meu parceiro, meu amor.
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