quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cafés e Cafas...

Foto: Fábio Reis

Duas amigas conversam num café...
- E você acredita que ele é fiel, mesmo com toda essa distância?
- E você? Acredita que seu namorado é fiel, só porque mora na mesma cidade?
A pergunta a desestabilizou. Ela não espera aquela resposta. Um pouco hesitante, ela prossegue.
- Bom... Acho que sim. Afinal nos vemos todos os dias...
- Mas você não pode tem certeza, apenas confia. Então... Eu não sei se ele é fiel e isso não me preocupa. Me importa o que eu sinto por ele e como ele me faz sentir, mesmo tão distante. Me importa as lembranças que compartilhamos. Me importa os planos do nosso reencontro...
- Então, fidelidade não é importante pra você?
- Eu não disse isso... Apenas acredito que as pessoas perdem muito tempo pensando nisso por causa da distância. Eu estou aqui, saio meus amigos e nem por isso beijo o primeiro “sapo” que aparece. Eu sei o que eu quero e espero que ele também saiba. Agora, certezas ninguém pode ter, nem no Brasil, nem na China. A gente apenas confia, como espera que o outro confie na gente. Isso é a base de qualquer relação, seja próxima ou distante.

 As amigas mudaram de assunto. O tema agora era a programação do cinema e as possibilidades para uma quinta à noite “light”. Eu terminei o meu café e fiquei pensando sobre que tipo de cafajeste se tratavam os rapazes em questão, carinhosamente chamados de “cafas” neste texto. Eu explico. Afinal, toda mulher já teve um “cafa” (ou alguns) na sua vida.

Na minha teoria, não validada cientificamente, argumento que existem três tipos de homens “cafas”. O primeiro tipo é o “cafa” declarado. Ele gosta de ser “cafa” e assume, mesmo para as garotas com que costuma sair. Esse tipo não me atrai, mas admiro a honestidade dele. O segundo é o “lobo em pele de cordeiro”. Esse é o tipo mais perigoso, pois é muito difícil de ser identificado. São especialistas na arte de mentir e sabem muito bem como desempenhar o papel de “bom moço” no momento exato. Costumam enganar até as “quase-balzaquianas” mais experientes. Por último, o terceiro tipo é o “pseudo-cafa” ou “cafa de ocasião”. Esse é o tipo está “disponível no mercado” e se faz de “cafa” para ganhar IBOPE, pois a lenda diz que as mulheres não gostam dos “bonzinhos”. Meninos, isso é lenda: um bom homem (e bom), que sabe o seu valor, é irresistível.

Mas voltando a minha tipologia de “cafas”... Eu me arrisco a dizer que homens e mulheres podem passar pela fase “pseudo-cafa”. No fundo, pode ser cansativo ser um "pseudo-cafa" e o que a criatura quer mesmo é amar e ser amada. Por vezes, a busca é longa, quase interminável. Quando finalmente um “pseuda-cafa” encontra uma paixão correspondida, volta a jogar no time dos bons namorados. Caso a fase não passe, aí não tem jeito, se trata de um “cafa” do tipo 1 ou 2. Eu fiquei curiosa sobre os tipos de “cafas” das moças no café, mas elas não eram minhas amigas, enfim... pelo menos foi um bom estímulo a minha criatividade. E você? Que tipo de “cafa” é você?

PS: As hipóteses da minha pesquisa e o detalhamento do método não saem, mas para reflexões aleatórias sobre a vida alheia, a minha mente funciona muito bem. Que meu orientador não descubra meu blog! risos ;-)

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