(Em algum lugar da Salvador, janeiro de 2011)
Na pressão nada acontece! O tempo não passa. Os objetivos se tornam distantes. A gente corre e não alcança, então se cansa. Há que adoeça diante de uma forte pressão. Há quem tente fujir da pressão e seguir na direção oposta. Entretanto, em algumas situações, enfrentar a pressão se torna inevitável. O fato é que todos nós passamos por diversas fases de pressão ao longo da vida. Logo, comecei a me perguntar: o que fazer diante das inevitáveis pressões da vida?
A resposta que encontrei com o passar do tempo e o acúmulo desnecessário de 'stress' foi: não fazer nada que esteja além ao meu alcance! Cansei de me pressionar demais em função dos prazos, objetivos e obrigações que outros (ou eu me mesma) me impõe. Diante de um deadline importante, eu tento, na medida do possível, não desaparecer da academia, não desmarcar o happy hour com os amigos e participar das comemorações em família. Tento...
Estou me esforçando. Por isso, eu costumo me lembrar da primeira regra que aprendi na Bahia: PACIÊNCIA. Confesso que nem sempre é possível. Mas nos momentos que cedo às pressões, me lembro da segunda regra: ESQUECER A PRIMEIRA. Já os franceses, quando pressionados, certamente diriam: Laissez faire, laissez aller, laissez passer....
Essas regras também podem ser valiosas na vida pessoal. É preciso deixar o veleiro seguir sua direção com a ajuda do vento. Não adianta brigar com a natureza, pois ela comanda a velocidade do barco. Basta, pacientemente, observar o movimento das marés e aguardar bons ventos. Sem pressa, sem pressão. Mesmo que uma sequência de fortes ondas nos derrubem ou agitem o barco. Manter a calma é essencial para tudo ficar bem, pelo menos interiormente. Afinal, seguir a vida tranquilamente faz bem para o corpo e para a alma.
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)
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