(Epernay, França, 2010)
Foto: Fabio Reis.
A expectativa de cada um sempre tem como referência as experiências anteriores. Por isso, com o passar do tempo, corremos o risco de nos tornamos cada vez mais exigentes. Eu mesma passei por esse processo.
Como era de se esperar, meu envolvimento com o mundo do vinho me tornou mais exigente nesse campo. Prefiro tomar um bom vinho, ainda que ocasionalmente, do que me contentar a um vinho barato e de baixa qualidade. O prazer da degustação de um vinho de boa qualidade supera (e muito) a minha vontade de beber com maior frequência. Sou cautelosa nas minhas degustações e costumo ser implacável com os vinhos agressivos ao meu paladar.
Nas compras eu já não aceito as opções "mais ou menos". A calça jeans que não veste tão bem, mas está em liquidação. O sapato em promoção e descartável. Avalio a relação custo-benefício, mas, em primeiro lugar, preciso me sentir bem (leia-se: atraente). Por isso, sempre eu experimento. Uma vez que o produto realmente me empolgue, aí eu farei a avaliação do orçamento para a aquisição ou não.
Também percebo que minhas experiências me tornaram mais exigente nas relações afetivas. É preciso atração física e sintonia de sentimentos. Não me submeto a discussões e cobranças desnecessárias. Acredito que na base de uma relação estão respeito, incentivo e admiração mútua. Posso estar equivocada, mas não me contento com menos do que uma química explosiva.
Estou consciente de que um mundo perfeito é ilusório, simplesmente não existe. Contudo, isso não significa que eu deva me contentar com uma vida medíocre. Eu quero mais, acho que sempre fui assim. Eu quero um vinho estruturado e redondo, uma roupa na qual me sinta linda e alguém que me tire o fôlego. Pensando bem... não sou exigente, quero apenas o que eu mereço! ;-)
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