sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dando um tempo...

Nos últimos meses passei por muitas mudanças e fortes emoções – conclusão do doutorado, reencontros e despedidas, processos seletivos, início de uma nova fase profissional e mudança de casa. Talvez por vivenciar tantas coisas num curto período de tempo, tive que aprender a “dar um tempo”.


Descobri que “dar um tempo” é fundamental. Precisei de um tempo para virar a chave de doutoranda para doutora. Precisei de um tempo para me habituar à ausência de pessoas que me são caras, embora alguns finais de tarde ainda sejam melancólicos. Precisei de um tempo para conhecer os nomes, as rotinas e as regras, e ainda preciso de um tempo para tornar também protagonista desse novo contexto organizacional.


Cabe lembrar que nos relacionamentos afetivos “dar um tempo” normalmente é interpretado como um término menos traumático ou uns dias de “férias da relação”. Contudo, eu acredito que, às vezes, “dar um tempo” é importante, sobretudo no começo (ou recomeço) das relações. Esse tempo ajuda a construir um compromisso espontâneo, sem o peso de uma relação oficial. O tempo também contribui para a intimidade e a compreensão das preferências mútuas. Após esse período, a relação se concretiza ou não. Nesse último caso, ficarão as boas recordações de sua leveza inicial.


Enfim... seja na vida profissional, emocional ou familiar, eu descobri que em períodos de muitas mudanças, em meio a um turbilhão de atividades e novidades, é fundamental “dar um tempo” para manter o equilíbrio físico e mental. No final, tudo acaba bem com uma taça de um Bordeaux e a companhia de bons amigos.

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