(Tampere, Finlândia, setembro de 2011)
Circulando pelos bares porto-alegrenses é frequente o reencontro com velhos conhecidos, ex-colegas e amigos de diferentes fases da vida. Esses reencontros são sempre muito amistosos. Uma rápida atualização sobre os fatos mais recentes e a promessa de novos encontros. É bom rever pessoas queridas, involuntariamente afastadas pelas mudanças da vida.
O tempo passa. A rotina muda. Os laços se fragilizam. Segundo um amigo, que lamentava a minha mudança de emprego - "não existe relacionamento sem convívio!". Eu já tive minhas convicções a esse respeito e hoje só permanecem algumas dúvidas, mas isso é tema para outro post. Não posso negar que é um desafio se manter presente para superar a distância e/ou as diferenças nas agendas, sobretudo quando o relacionamento é baseado no trabalho ou em uma terceira parte. Perde-se o motivo e a amizade se torna uma opção, que nem sempre se consolida por diversas razões.
Uma situação que me intriga são os amigos de ex-namorados. Não tive muitos namorados, mas confesso que sinto saudades do convívio com alguns dos amigos deles. Em algumas situações, eles se sentem pressionados: "ou ela ou eu!" Para não haver conflito, respeitam o critério da antiguidade. Lamentável que tenham optado por escolher e não incluir. Afinidade não deveria respeitar critérios sociais e términos de namoros. Contudo, nos abraços e nos sorrisos desses reencontros aleatórios, é bom perceber que é possível recomeçar amizades apenas pausadas por um breve momento.
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