quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma paradinha....

(Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, setembro/ 2010)

Prezados leitores desse blog... Peço desculpas pela minha ausência nas últimas semanas, mas todo mundo merece uma "paradinha"! Depois de meses de trabalho intenso na tese, as conclusões sugaram o resto da minha energia e senti que era o momento de parar. Sem dúvida, eu precisava de uma paradinha. Desejava circular por ambientes nos quais as perguntas sobre os prazos do doutorado ou o andamento da tese não me perseguissem. E foi assim...

Por breves e deliciosos dias, eu me senti inteira novamente. Fiquei off-line. Me deixei levar pela sensação de dever "parcialmente" cumprido e sai de férias. Degustei novos vinhos, apreciei sabores interessantes, testemunhei a mescla de culturas e religiões, senti o sol e a brisa do mar no meu rosto. Sim, eu estava de férias. Por sinal, eu acho que o direito a férias deveria estar no estatuto universal dos direitos humanos!!

Essas férias foram fundamentais para eu reduzir o ritmo, respirar fundo, captar outras perspectivas, descansar a mente e repensar algumas posturas. O afastamento me mostrou que ansiedade, por vezes, é minha maior inimiga na vida profissional e pessoal. Descobri que preciso urgentemente aprender a reduzir as minhas expectativas e exigências. O sucesso é o resultado natural de um trabalho e o amor é sempre uma dádiva, um presente espontâneo e sincero de alguém. Logo, é preciso relaxar e deixar o barco seguir seu rumo ao acaso.  De volta ao lar, me sinto com mais vontade de trabalhar, motivada pelos planos de umas novas férias numa terra boa com sol e mar ao som de Titãs!

Devia ter complicado menos / Trabalhado menos / Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos / Com problemas pequenos / Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado / A vida como ela é
A cada um cabe alegrias / E as tristezas que vier..
O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído...
(Epitáfio / Composição: Sérgio Britto)
http://www.youtube.com/watch?v=L3eiOMQVUqs&feature=player_embedded#!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conclusão...







A conclusão leva a temas para novos estudos... 
(Genebra, maio de 2009)

Depois de quase quatro anos de doutorado, finalmente chegou o momento de escrever a conclusão da tese!!! Então, eu faço uma "viagem profunda" nas páginas escritas sobre clusters, vinho, internacionalização... e penso: o que eu posso concluir? 

De maneira simplificada, basta pensar nos objetivos traçados, apontar os principais resultados, identificar as contribuições teóricas e práticas (será que tenho alguma?!), reconhecer as limitações (afinal, sempre é possível fazer melhor...) e propor novos estudos (o que eu não fiz, mas posso fazer no futuro). Parece simples, mas estou escrevendo há quatro horas para ter três parágrafos esboçados.

Então, por que é tão difícil escrever uma conclusão? Talvez porque concluir também não seja fácil. Anos atrás li uma pérola de fonte desconhecida: no Brasil, nosso problema não é iniciativa, mas a falta de "acabativa". Apesar do neologismo, o autor dessa frase está certo. Iniciar é muito fácil. Cheios de planos, iniciamos um novo curso, uma nova dieta, uma nova atividade, um novo artigo, uma nova pesquisa... o tempo passa, a novidade vira rotina e chega a hora de concluir para avaliar os resultados. Chega o dia de pegar o boletim, subir na balança ou submeter os resultados da pesquisa para a avaliação dos pares. É preciso coragem, pois a avaliação pode ser tanto positiva quanto negativa. De qualquer forma, sempre chega a hora de concluir alguma coisa sobre algo.


Enquanto escrevo a conclusão da tese, penso na minha trajetória durante esses quatro anos. Foram tantos objetivos traçados. Alguns destes completamente esquecidos. Outros foram atingidos além do esperado. Mas acho que os resultados foram positivos e, talvez, eu tenha deixado alguma contribuição na vida de alguém. Todos temos nossas limitações e eu prefiro não pensar no que deixei de fazer em função do doutorado. Depois de longas semanas de reclusão social para escrever a tese, me acalenta lembrar das pessoas que conheci nos caminhos percorridos e daquelas que seguem ao meu lado, ainda que geograficamente distantes. As últimas linhas surgem e me animam, pois apontam possibilidades de novos estudos... 

Assim, eu concluo esse texto com a ajuda de John e Paul: All you need is love! It´s easy!!
http://www.youtube.com/watch?v=r4p8qxGbpOk

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Poderosa...



(Jardins do Palácio de Mônaco, fevereiro de 2009)


Afinal, o que é ser uma mulher poderosa?! Há quem confunda uma mulher poderosa com mulheres dominadoras e possessivas. Entretanto, essas estão longe de serem "mulheres poderosas". Respondendo à questão, eis aqui a minha visão sobre o que é ser uma mulher poderosa...


Uma mulher poderosa não é dominadora, nem possessiva. Jamais! Ela influencia, não domina. Ela estimula, não poda. Ela prima pela liberdade, pelo respeito, pela compreensão. Uma mulher poderosa sabe seu valor. Ela sabe o carinho, o amor e o afeto que merece. Sentimentos são espontâneos, não podem ser gerenciados. Logo, ela nada exige, mas não permite que a tratem de maneira leviana.

Uma mulher poderosa é decidida, não desrespeita ao próximo, nem a si mesma para atingir seus objetivos. Conhece seus limites e reconhece seus erros. Ela sabe enfrentar as derrotas da vida de cabeça erguida e tirar destas alguma lição. Um mulher poderosa trata a todos com gentileza e bondade. Disciplinada consigo mesmo, tolerante para com o próximo. Abre o coração com franqueza, sem perder a ternura.

Acho que uma mulher não nasce poderosa, mas ela pode se tornar ao longo da vida, caso aprenda com suas experiências, nas relações e, sobretudo, na busca de conhecer-se um pouco mais.

Uma mulher poderosa é também vitoriosa...
http://www.youtube.com/watch?v=mm48WJHb1Zw&feature=related