sábado, 26 de dezembro de 2009

Eu quero verão!!!

Verão na Cotê D´azur (Road Trip com Juliana - setembro/2009)

Não adianta... Eu não nasci para o frio!! Já fazem alguns anos que moro em Porto Alegre, mas eu não me acostumo. Depois de quatro estações na Europa, não vejo a hora de voltar para as altas temperaturas do verão brasileiro. Quero arrancar essas botas e as três camadas de meias, meus pés precisam respirar!
Quero pisar na areia morna...
Quero sentir o sol queimando a minha pele...
Quero voltar a ser MORENA!!!
Me encantei pelo outono na Europa com as folhas trocando de cor e espalhadas pelo chão... Os campos brancos pela neve ficam lindos... Mas o que gosto mesmo é do verão! Dias de sol, calor, mar, praia. Não tenho pressa... Um dia eu volto a viver numa terra com verão o ano inteiro. Por hora, "eu só desejo agora, voltar pra minha gente!"

Um dia a areia branca

Teus pés irão tocar

E vai molhar seus cabelos

A água azul do mar

Janelas e portas vão se abrir

Pra ver você chegar

E ao se sentir em casa

Sorrindo vai chorar


Debaixo dos caracóis dos seus cabelos

Uma história pra contar

De um mundo tão distante

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos

Um soluço e a vontade

De ficar mais um instante


As luzes e o colorido

Que você vê agora

Nas ruas por onde anda

Na casa onde mora

Você olha tudo e nada

Lhe faz ficar contente

Você só deseja agora

Voltar pra sua gente


Você anda pela tarde

E o seu olhar tristonho

Deixa sangrar no peito

Uma saudade, um sonho

Um dia vou ver você

Chegando num sorriso

Pisando a areia branca

Que é seu paraíso

(Roberto Carlos)


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

É natal...




As ruas iluminadas, as lojas lotadas, os desejos de boas festas, tudo anuncia a chegada do natal. Entretanto, este ano eu não senti o natal chegar... Depois de uma conferência na Espanha e uma semana de férias na Itália, decidi aproveitar a última semana do ano para organizar as malas, limpar o apartamento e resolver pequenas burocracias com calma, sem pressa! Contudo, eu sabia que estaria "sozinha" no natal. As decisões que tomamos sempre terão dois lados: tenho tempo para organizar as malas e minha pequena mudança, mas é natal e eu estou numa cidade universitária vazia, já que todos os meus amigos partiram de volta para o Brasil ou foram visitar suas famílias em outros países.

Contudo, seria injusto reclamar da minha noite de natal. A igreja organizou uma ceia especial para os membros que estariam sozinhos em Marseille. O ambiente era simples e aconchegante. Num pequeno grupo compartilhamos bons momentos juntos e lembramos do verdadeiro sentido do natal - o nascimento de Jesus. Interagi com pessoas de diversos países, experimentei pratos diferentes e brinquei com Joel e Emanuel, dois pequenos franceses que animaram a ceia.

É inevitável sentir saudades das pessoas que amo, principalmente no natal... Mas nesses cinco dias que me restam na França, sei que posso viver bons momentos sozinha ou na companhia inesperada de novos amigos! Afinal, é natal!!

Aí me lembrei de uma propaganda antiga do Banco Nacional, que pra mim ainda é uma das melhores que eu já vi. Certos jingles possuem a capacidade de ficarem na memória afetiva da gente, perdurando mais que a própria empresa que os encomendou.


Quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz
Quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir
Se você pode ser assim, tão enorme assim eu vou crer
Que o Natal existe, que ninguém é triste, que no mundo há sempre amor
Bom Natal, um Feliz Natal, muito amor e paz pra você
Pra você…

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Viver um dia de cada vez!

Um passeio pelas ruas de Roma e Florença (dez/2009)





Viver um dia de cada vez é um desafio... Mas eu diria que é também um exercício!

A gente não se contenta em aproveitar a felicidade do presente, queremos preservá-la com "unhas e dentes" para os momentos futuros, plenos de incertezas e indefinições. Embora os riscos e as incertezas tornem a vida muito mais interessante, muitas vezes me pego insistindo na planificação dos detalhes e me rendo diante da pequenez da minha humanidade.

As emoções e os sentimentos são para serem vividos em sua plenitude no presente. E viver o presente é também um exercício interior, que particularmente encaro constantemente diante das minhas tentativas de controlar todas as variáveis "independentes" do meu planejamento de vida de dez anos. A vida acontece, enquanto fazemos planos! Sigo planejando, mas acho que estou mais consciente da presença constante de imprevistos. Por isso, exercito-me...

Exercito-me a viver os sentimentos com a intensidade que devem vividos. Exercito-me a não ter medo de sofrer, pois viver é também saborear a incerteza dos acontecimentos. Exercito-me a desfrutar ao máximo a companhia dos amigos e das pessoas que amo, pois não sei por quanto tempo estarão comigo. Exercito-me a dizer o quanto são importantes pra mim e expor meus sentimentos com palavras, atitudes ou pequenos gestos. Exercito-me...

A minha última viagem pela Europa em 2009 foi um grande exercício interior. Cada dia um novo lugar, a possibilidade de vagar sem rumo nas ruas de uma cidade desconhecida e o encontro inesperado de novos amigos... Confesso que estava meio desanimada com a perspectiva de viajar pela Itália sozinha, mas fui surpreendida com a agradável companhia de muita gente nesses últimos dias. Provavelmente eu nunca mais os reveja, mas pouco importa... eles já são parte das lembranças dos meus melhores momentos na Itália!

É preciso saber viver... um dia de cada vez! :-)

http://www.youtube.com/watch?v=LpYj_sI79v8

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Au revoir ou à bientôt...

Cartão de despedida dos meus colegas da Euromed (dez/2009)

Cheguei em Marseille dia 9 de janeiro de 2009. A cidade estava coberta de neve e eu me encantei pelo contraste azul e branco que vi do avião. Na minha cabeça passavam milhares de pensamentos soltos entre a euforia da chegada, a ansiedade diante do desconhecido e a saudades do que havia deixado para trás... A virada de ano havia me trazido algumas surpresas e meu coração também precisava de um tempo para se recuperar. Havia uma pontinha de tristeza no meu olhar, mas também um brilho pela possibilidade de fazer de 2009 o melhor ano da minha vida.

Nesse turbilhão de emoções, eu escrevi a minha história na França! Dia após dia, eu conquistei o meu espaço por aqui, defini uma rotina de trabalho, planejei o atingimento dos meus objetivos profissionais e pessoais, estabeleci relações profissionais e de amizade. Superei alguns obstáculos e meu coração encontrou a paz que precisava.

- Então Aurora, você alcançou seus objetivos na França? Questionou-me um colega durante a minha festa de despedida.
Não hesitei na resposta. - Sim... Certamente! Eu desenvolvi minha pesquisa de doutorado no mundo dos vinhos franceses e a minha capacidade de comunicação em diferentes idiomas. Mas eu também viajei, conheci lugares e pessoas, fiz muitos amigos, aprendi sobre a cultura francesa... Acho que aproveitei as muitas oportunidades que a vida me apresentou em 2009.
Então pensei comigo mesma: “Sim, eu consegui fazer de 2009 o melhor ano da minha vida e pretendo fazer o mesmo em 2010!" Afinal, o melhor tempo da vida é sempre o tempo presente.

Ainda tenho 19 dias na Europa... Alguns lugares me esperam para serem visto e fotografados pelos meus olhos curiosos. O mochilão está quase pronto. Meus pés se apressam para percorrer um novo caminho, mas também estão ansiosos para voltarem para as ruas e praças conhecidas de Porto Alegre. Au revoir ou à bientôt... a escolha é sempre nossa!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amigos brasileiros...

O outono está no fim... O chão se torna um tapete verde-amarelo, colorido pelas últimas folhas da estação! O termômetro marca temperatura de inverno!! Mas a chegada do inverno também me lembra que é o momento de partir depois de acompanhar quatro estações na Europa. E agora que o momento da despedida se aproxima, é impossível não sentir um aperto pelos amigos brasileiros que fiz por aqui. Afinal, é muito bom encontrar brasileiros no exterior! Nos faz sentir em casa... Num grupo de brasileiros, não somos mais estrangeiros, criamos o nosso próprio território. Sem dúvida, o meu tempo na Europa não teria sido tão bom se não fosse os brasileiros que Deus colocou no meu caminho durante a minha estada por aqui.

Na chegada em Marseille, encontrei um casal mineiro-amazonense maravilhoso (Dalton e Carlena), que me receberam no aeroporto, me ajudaram na instalação e ensinaram o caminho das pedras no rio da burocracia francesa. Logo em seguida chegou a Tatiana, que se tornou uma verdadeira irmã para mim. A Tati ajudou na minha adaptação e na superação de alguns desafios pessoais graças às nossas noites de sábado com vinho-terapia!! Pena que sua passagem pela França foi breve... Então entrou na minha vida as "filhas da USP" (Juliana e Ana)... Essas meninas valem ouro, lindas, inteligentes e com um grande futuro pela frente! Parceiras para aventuras gastrônicas e "indiadas" diversas. Junto com os meninos (Hélio e Julien), se nada mais der certo, vamos montar um banda de música brasiliera, já que franceses adoram a nossa música. Por sinal, começamos os ensaios hoje a noite na minha casa.

Também encontrei brasileiros em outras cidades e países. Em Montpellier, conheci o Manuel, um pernambucano que me ajudou nos contatos do mundo do vinho por lá e compartilhou comigo os dilemas da vida após um doutorado na França. O Manuel já é quase doutor, eu ainda tenho um ano pela frente no Brasil. Direto da Inglaterra, a baiana-pernambucana, Juliana, invadiu a minha vida. Um dia em Marseille foi suficiente para nos tornarmos grandes amigas!!! Tanto que decidi visitá-la em agosto e lá por conheci outros brasileiros, entre eles, o Fábio, um verdadeiro baiano que me fez ver outras perspectivas e me lembrou das delícias do Brasil com uma irresistível moqueca e outros sabores...

Enfim, muito obrigada por tudo! Manteremos contato! Combinaremos outras viagens! Seguiremos amigos! Longe ou perto, sempre que me lembrar do meu ano na França, será impossível não lembrar também de vocês!!!

domingo, 29 de novembro de 2009

Recomeçar...

Montpellier, França (nov/2009)

A vida é um eterno recomeçar...

A gente precisa recomeçar o tempo todo pelos mais diversos motivos! São inúmeras as situações em que tudo é diferente, incerto e desafiador ao longo da vida. Há também situações em que o recomeço é a única opção para não nos tornarmos uma pessoa amarga e desiludida. Mas o recomeço não é um caminho fácil. Por vezes, a gente olha pra trás e quer voltar, mas sabe que já não pode mais. Então, decide seguir e recomeçar!

Eu me lembro que precisei recomeçar uma dúzia de vezes e ainda preciso...
Eu recomecei quando a minha vida mudou drasticamente e me levou para longe de quase todas as pessoas que eu amava aos doze anos de idade.
Eu recomecei quando quebraram meu coração e eu decidi seguir em frente.
Eu recomecei diante dos desencontros da vida e de uma partida inesperada.
Eu recomecei nas muitas vezes que me senti "injustiçada" pelo que chamam de destino.
Eu recomecei nas várias mudanças de escola, de trabalho, de casa, de cidade e de país.
Eu recomecei quando cheguei na França e vou recomeçar quando voltar para o Brasil!
Eu recomecei e recomeçarei sempre que for preciso. Contudo, eu sei que cada situação vivida, cada escola, trabalho, cidade, país, e principalmente, cada pessoa especial que passou pela minha vida também faz parte da minha história. Eu sigo recomeçando, mas confesso que alguns dias bate saudades dessas pessoas, lugares e momentos... que sempre serão parte de mim!

sábado, 21 de novembro de 2009

A vida é imprevisível...

Após uma longa reflexão sobre meus dilemas pessoais, compartilho um pensamento alto com uma amiga: - A vida é imprevisível...
- Onde você leu isso? No paralama de algum caminhão nas suas viagens pelo Brasil ou num livro de auto-ajuda do Roberto Shinyashiki? Ela me questiona com um certo ar de deboche.
Pouco importa a fonte original, o fato é que a vida é imprevisível! Mas não acho que isso seja ruim... É simplesmente a vida! Algumas surpresas quase nos derrubam, mas seguimos na direção dos nossos sonhos (ou de novos sonhos). Outras nos ajudam a realizar um projeto antes do previsto. Enfim...

Confesso que ainda sinto uma certa ansiedade diante de fatos completamente inesperados, mas por outro lado acho que o inesperado é que dá um sabor especial à vida. Essas surpresas (nem sempre boas) abrem diante de nós um novo caminho de possibilidades, nos coloca em situações de decisões e nos obriga a repensar nossos planos e prioridades, que serão sempre dinâmicos e contextuais.

Que graça teria se tudo acontecesse como o previsto? Você entra na faculdade, se forma, encontra o emprego dos seus sonhos e vive satisfeito com o trabalho "para sempre". Depois "você decide" que é o momento de constituir uma família, se apaixona por alguém que também se apaixona por você (afinal, no mundo perfeito não existe amor não correspondido). Vocês se casam, compram um apartamento e têm dois filhos. Tudo no tempo certo, sem surpresas, sem decepções, sem imprevistos, tudo conforme o planejado!

Infelizmente (ou felizmente), a vida real não funciona assim. A vida muda e nós também mudamos ao longo da vida. A gente se forma mais tarde (ou mais cedo), troca de curso, muda o foco da carreira ou os objetivos da tese, adia ou antecipa os planos diante de oportunidades inesperadas, se apaixona pela pessoa errada ou pela pessoa certa, talvez no momento errado... Contudo, ainda acho que na vida não existe "momento errado". A sorte está lançada e depende de nós fazer de qualquer momento, o momento certo para uma oportunidade de realização profissional, para viver um amor, para mudar os planos e ser feliz!
"Vem vamos embora, que esperar não é fazer. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer..."
(Geraldo Vandré)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O valor de um centavo...

Touro - símbolo da prosperidade no mercado financeiro
Birmingham (novembro/2009)

Essa semana fui no Le Poste (correios francês) para mandar umas cartinhas e descobrir uma tarifa "honesta" para enviar meus livros adquiridos na França para o Brasil. Depois de alguns selos para diferentes países, o atendente me diz:
- Cinq euros et quarante centimes, s´il vous plaît.
- Oui, Monsieur. J´ai cinq euros et trint neuf centimes. C´est bonn?
- Non, merci!
Pois é, ele não aceitou trinta e nove centavos. Preferiu dez euros e me encheu de moedas! É fato, aqui na França, e na Europa em geral, um centavo tem valor! O caixa do supermercado "sempre" vai te dar aquele um centavinho, que no Brasil a gente nem espera mais. Por outro lado, ele não perdoa um centavo. Em geral, os europeus não são muito flexíveis com os trocos. É preto no branco! Mas a gente acostuma e se sente "lesado" quando volta para o Brasil.
A gente pensa:
- Eu só quero meus cinco centavos, eu não quero uma balinha de troco...
Bom, mas é cultural e logo eu vou me acostumar novamente a não receber um ou cinco centavos de troco. Por outro lado, tenho certeza que um caixa dos correios brasileiro certamente aceitaria meus trinta e nove centavos no lugar de quarenta.
Tudo tem dois lados... A gente ganha de um lado, perde por outro e no final das contas tudo se equilibra com o jeitinho brasileiro. ;-)

Afinal, segundo os novos baianos... chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor, porque o tio Sam tá querendo conhecer a nossa batucada e o eu quero é sambar!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mon terroir...






Pesquisa de Campo (sul da França/novembro de 2009)
Aos seguidores deste blog que acompanham as aventuras e desventuas do meu doutorado sanduíche, compartilho com vocês também, as belas imagens da minha pesquisa de campo no sul da França. Apesar das dificuldades para agendar entrevistas e aplicar questionários. Apesar dos elavados custos de uma pesquisa internacional com passagens e locação de carro... A minha pesquisa de campo é uma delícia.

Não apenas pelas belas paisagens, mas sobretudo pela interação com histórias de vidas tão diversas. Há sempre algo novo a ser descoberto neste instigante setor... um novo terroir, um novo aroma, um novo sabor!

Afinal, a vida é como uma taça de um grande vinho.... Deve ser degustada! Olhe com cuidado sua tonalidade, contemple as lágrimas que escorrem suavemente, sinta os aromas, agite para sentir novos aromas e tome delicamente um generoso gole... frutas vermelhas, ameixa, chocolate... o vinho é democrático... Sinta o que quiser, ninguém terá o direito de contrariá-lo! O nosso paladar é sempre peculiar, como a vida e as escolhas de cada um ;-)

Boa semana!

domingo, 15 de novembro de 2009

Esta menina hoje é uma mulher...




Dublin (novembro/2009)
Fotos: Fábio Reis

Na semana passada eu conheci Dublin! A cidade é muito viva, sobretudo a região da Temple Bar. Muitos pubs, muita gente jovem pela rua, uma arquitetura inglesa e muitoooo frio. Em Dublin, encontrei Roberta, uma amiga muito querida de longa data - dez anos de amizade. Do primeiro ano de graduação em adminsitração na UFRGS, passando por um mestrado que nos aproximou muito e agora doutorandas em países diferentes compartilhando as alegrias e ansiedades de escrever uma tese. É sempre uma delícia fazer novos amigos e encontrar os velhos, principalmente aqueles que seguem conosco apesar da distância e do passar dos anos!
Ainda me lembro da menina Roberta, da menina Aurora... Mas o tempo passou! E seguindo na minha fase Gonzaguinha, "eu apenas queria que você soubesse que esta menina hoje é uma mulher", uma mulher que segue com alma de menina ;-)

Eu apenas queria que você soubesse / Que aquela alegria ainda está comigo / E que a minha ternura não ficou na estrada / Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse / Que esta menina hoje é uma mulher / E que esta mulher é uma menina / Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta / Que hoje eu me gosto muito mais / Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora / É se respeitar na sua força e fé / E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse / Que essa criança brinca nesta roda / E não teme o corte de novas feridas / Pois tem a saúde que aprendeu com a vida...

http://www.youtube.com/watch?v=-0gDIq7za4U

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tudo certo, nada resolvido...

Sheffield (novembro/2009)

Hoje foi um daqueles dias... Depois de uma noite mal dormida por várias pequenas ansiedades e um dia atrapalhado, chego no meu escritório na Euromed às 18h15 para fazer algumas impressões, finalizar as pendências da semana e encontro com Elisabeth! Aproveito os ouvidos da minha amiga inglesa e começo a contar todas as "desaventuras do dia" e meu sentimento de fracasso como professora em outro idioma. Depois de alguns minutos de queixas e lamúrias, uma frase que me impacta:
- Poor Aurora...
Parei de reclamar e comecei a pensar: - Pobre Aurora? Por quê?
Então me lembrei das muitas coisas boas da minha vida, apesar de algumas pedras pelo caminho e alguns engarrafamentos que atrasam o meu cronograma (mas que não impedem a realização do objetivo final). Por que perder tempo com auto-piedade? A bolsa da CAPES atrasou esse mês, mas vai entrar. Eu ainda tenho duas entrevistas com vinícolas pendentes, mas uma já está agendada para segunda. Preciso de 150 respostas de vinícolas exportadoras na França, mas eu tenho uma base de dados com os e-mails de centetas de empresas e a possibilidade de três feiras para aplicar os meus questionários pessoalmente. É preciso paciência, fazer a minha parte e deixar as coisas entrarem nos trilhos. Nem sempre pelo caminho esperado, mas as pequenas surpresas e os "atrasos" podem tornar o trajeto muito mais interessante e belo.
Aí coloquei um sorriso na cara e fui fazer as compras da semana, cheguei em casa e entrei na levada gostosa da Bossa Nossa, preparei um jantar delicioso e abri uma garrafa de um "gran" vinho de Bordeaux para festajar comigo mesma os desafios superados nos últimos meses.

Enfim, tudo certo, nada resolvido, mas bem encaminhado!
Não tenho pressa, eu chego lá.
O importante é não parar... de sorrir, de cantar, de caminhar, de desejar, de sonhar!

Ontem um menino que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será
http://www.youtube.com/watch?v=IHpuJ0ulvkM

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Saudades de casa...


Porto Alegre (dezembro/2008)

Dias, semanas, meses longe de casa!
Longe da família, dos amigos, daqueles que me querem tanto bem....
Longe dos lugares conhecidos...
Longe dos programas preferidos...
Longe das praças e das ruas que conhecem meus passos...
Longe daquele pôr do sol!
E nesses dias não há o que fazer, apenas curtir essa saudades...
Essa vontade de voltar pra casa (ou pra casa dos meus pais)!
A Europa foi minha decisão. Eu sei o longo caminho percorrido até chegar aqui. Não me arrependo dessa escolha que me trouxe grandes experiências, novos amigos, novos conhecimentos, novas possibilidades, bons momentos.
Mas tem dias que a gente simplesmente sente saudades....
Saudades de estar em família naquele almoço de domingo...
Saudades de abraços apertados e calorosos...
Saudades de cantar...
Saudades da IBF...
Saudades de caminhar na Beira-rio...
Saudades da praça da Alfândega e dos filmes alternativos na casa de cultura...
Saudades de GRE-NAL e do xis no Cavanhas ou do frango a passarinho no Pinguim...
Saudades de filosofar com os amigos depois da terceira taça de vinho...
Saudades de falar português com todo mundo...
Não adianta, mesmo na Europa, meu coração é brasileiro!
Me deixe queitinha hoje... eu só quero sentir saudades...
Saudades de você...
Sodade, sodade, sodade...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Silêncio...

Anjo da Notre Dame (Marseille)

Uma das coisas mais difíceis de lidar na minha tese (e na vida) é com o SILÊNCIO! Vou explicar. Estou na coleta de dados da tese com entrevistas em profundidade e questionários via web. Logo, eu mando um email, explicando sobre a pesquisa e peço: por favor, me receba para uma entrevista ou responda o meu questionário - rápido, prático e você ainda pode receber uma cópia dos resultados deste trabalho. Que maravilha!!! Sim... Infelizmente, não adianta muito...

Agora, pense comigo... O que vai levar alguém na França ajudar despretensiosamente uma completa desconhecida numa pesquisa acadêmica do Brasil, possivelmente sem retorno algum para o próprio empreendimento? Possivelmente, o cara não vai pensar: "Que legal, ela é brasileira e veio estudar vinhos na França! Vou ajudar essa moça." Bom, quando eu uso uma pessoa idônea como referência, ainda melhora, mas também nem sempre funciona!

Aí vem um segundo desafio: "cercar, sem pressionar!" O que também acontece às vezes nas aproximações amorosas, funciona no mundo acadêmico (risos). Você dá uma ligadinha, manda um novo email lembrando que você existe, mas, nunca, jamais, em nenhuma circunstância, o "potencial" entrevistado pode se sentir pressionado! A pressão estraga tudo.... Ele tem que se sentir a vontade e até um pouco culpado (Pobre menina, já ligou duas vezes, vou dar jeito de atendê-la!). Feito!! ;-)

Por outro lado, voltando às relações amorosas, a pena nunca funciona nesse campo. Ninguém fica com outra pessoa por pena (pode até tentar, mas o sofrimento é grande para ambos os lados). Na verdade, a pena é uma das piores motivações para iniciar ou manter uma relação. Acho que uma relação se constrõe com troca, bem-estar, conforto, espontaneidade, química, sintonia no olhar, afinidades e diferenças... Essas coisas todas e outras mais que fazem um bem enorme!

Mas voltando a minha tese, eu sigo aprendendo.... sobre vinhos, sobre estratégia, sobre clusters, sobre métodos de pesquisa e até sobre psicologia para aprender a lidar com o silêncio dos meus potenciais entrevistados. Mas não posso reclamar, eu gosto de aprender e para isso, muitas vezes é preciso ficar em silêncio!!
Afinal...
"Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."

sábado, 24 de outubro de 2009

Os meus extremos...

Foto: Fabio Reis

Este post não é bem meu... A crônica abaixo é uma das minhas preferidas de Ricardo Gondim, mas que descreve muito bem "os meus próprios extremos". Espero que gostem...
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Os meus extremos.
Ricardo Gondim

Minha vida é pêndulo. Oscilo entre o bem que desejo e o mal que rechaço. Sei que minhas sombras não são todas ruins e minhas luzes não são todas boas.
Minha vida é sístole e diástole, fluxo e refluxo. No vai-e-vem de minhas emoções choro e rio, fico e vou. Não receio mostrar covardia e hesito nas coragens.
Minha vida é dança na encosta do abismo. Prestes a despencar, no limite do perigo, corro o risco de tornar-me o fiasco do milênio. Mesmo assim, jogo e aposto atrevidamente. Mesmo sabendo que posso ferir-me, enfrento a corda bamba.
Minha vida é estrada esburacada. Nos solavancos das crateras que se abriram pelo caminho, tento aprumar-me. Não quero perder a direção. Vou por trilhas menos pavimentadas, mas vez por outra, cansado, prefiro cortar caminho.
Minha vida é simultaneidade de satisfação e fome. Os desejos cumpridos deixam sobra, um resíduo, de desprazer. Porém, por mais que as inadequações se mostrem onipresentes, celebro contente a minha sorte.
Minha vida é, ao mesmo tempo, vitrine e caverna. Convivo com plataformas e microfones. Falo para platéias. Sou fascinado por silêncios, por alcovas. Audaz com multidões e tímido com pessoas, opto por poucas palavras. Mas, dou a mão à palmatória, falo pelos cotovelos.
Minha vida é mescla de certeza e imprecisão. As dúvidas não me abalam, mas as certezas me confundem. Gosto de questionar e não tenho medo de ficar sem resposta. Os absolutos me incomodam, os dogmas me inquietam, as exatidões me deixam suspeitoso.
Minha vida é ameaça e bênção. Consciente dos ódios que já provoquei, vivo inseguro; sempre procurando redenção. Entusiasmado com a bênção que sou, alço o vôo da águia; sempre ousando novos desafios.
Minha vida é mistura de morbidez e sede de viver. Aguardo o apagar das luzes, reconheço a iminência do meu fim. Contudo, procuro desdobrar os minutos em “nano-frações” de felicidade.
Minha vida é preocupação despreocupada. Temo as contingências, mas o insólito me entusiasma . Repito aos quatro ventos que dores e alegrias entram na fabulosa receita desta existência, que o Criador projetou livre. Não há nada mais deslumbrante que a angústia, e nada mais surpreendente que a felicidade.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Chove chuva... chove sem parar!

Aurora Zen encharcada pela sua teimosia (Marseille/out de 2009)

Depois de alguns dias de frio... A chuva também chegou por aqui (e com muita força)! Ontem parecia que o mundo ia desabar em Marseille... Eu precisei ir ao médico e na saída decidi passar no supermercado, uns 15 minutos à pé. O problema é que estava chovendo e não havia ônibus direto para o supermercado - tão perto, tão distante. Como eu estava decidida... segui a pé, debaixo da chuva, que foi ficando cada vez mais forte ao longo do caminho! Minhas três camadas de roupa ficaram encharcadas!! Mas eu segui decidida, eu precisava chegar ao supermercado.

Depois eu fiquei pensando na minha teimosia: chegar ao supermercado apesar da chuva, se tornou uma questão de honra! Fiquei encharcada, porém honrada... hehehe Confesso, eu sou teimosa! Na verdade, olhando pelo lado positivo, eu diria persistente. Uma característica que me levou mais longe do que muita gente esperava, mas que às vezes me torna um pouco irracional. Por outro lado, quem é racional? Somos seres humanos, um emaranhado de sentimentos, desejos, medos. Podemos, por vezes, analisar com cautela as alternativas e as possíveis conseqüências das nossas decisões. Mas acho que as nossas motivações mais fortes virão sempre do coração!

Eu não faço doutorado para "ganhar dinheiro", talvez não tenha sido a opção mais racional e rentável. Eu segui essa carreira porque desde que me conheço como gente gostava de ser a "professora" nas brincadeiras infantis. Adoro ensinar, conhecer coisas novas, pesquisar alternativas, buscar soluções, compartilhar o que sei... Faço doutorado porque quero continuar fazendo essas coisas, e ainda vão me pagar para fazer o meu "trabalho". Sendo menos romântica, sei que esse trabalho também virá com muitas obrigações administrativas e burocráticas! Pois é, c´est la vie... Eu vim para a França, não apenas pela minha formação profissional, mas pela possibilidade de estar no "Velho Mundo" - descobrir uma nova cultura, novos sabores, um novo idioma, novos amigos.

E nessa minha caminhada, tem dias que chove!!! A pesquisa de campo não anda e eu me pergunto se sou capaz de me tornar PhD. Mas levanto no dia seguinte e continuo caminhando, penso comigo mesma: Apesar da chuva, eu vou chegar ao supermercado...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dias de frio... Noites com sol...

Vista do Vieux Port (Marseille/outubro de 2009)
Palais du Pharo (Marseille/outubro de 2009)

O outono (inverno) chegou à Provence!

Dias gelados, vento mistral sopra forte... A temperatura caiu, embora o pôr do sol esteja magnífico, eu quase congelo durante um passeio despretensioso pelo Jardin du Palais du Pharo. Tinha me esquecido desses dias frios aqui na França e só me resta tomar uma taça de vinho Bordeaux para aquecer meus lábios quase adormecidos pelo vento frio!

Marseille é assim... o inverno chega de repente, nem dá tempo de usar a chamosa coleção de meia estação! ;-) Para mim, já é inverno. Ninguém me convence que estamos no outono. O aquecedor elétrico ficou tanto tempo desligado que teima em não fucionar, estava desacostumado a trabalhar. Um final de semana gelado para tirar do fundo do armário o casaco mais quente... e saboarear uma deliciosa noite com queijos e vinho!

Em dias frios como esses é sempre possível desejar... sonhar... viver... Noites com sol!

Ouvi dizer que são milagres / Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens / Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa / Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda/ Noites com sol

Onde só tem o breu / Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor / Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina / Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre será se não te prendem / Constelações
Então verás que não se vendem / Ilusões
Vem que eu estou tão só / Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol / Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono / Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela / Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar
http://www.youtube.com/watch?v=G1trlo_qqX8&feature=related

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Que sera, sera... What will be, will be!

Casamento do Rolf e da Brenda (abril/2006)... Ainda me lembro desse primeiro encontro graças ao icq! Deka e eu somos testemunhas.... Quanta coisa aconteceu, quanta coisa ainda vai acontecer ;-)

A festa terminou mais cedo para ela. Num mix de raiva, decepção e incerteza, ela me olha e diz:
- Aurora, eu nunca vou arranjar um cara decente!
A sentença é forte e sincera. Expressa uma incerteza verdadeira nos seus 21 anos! Quanta coisa pela frente minha amiga, quantos homens ainda te amarão, quantos homens você ainda vai amar... eu pensei comigo mesma.
Eu tento convencer minha querida amiga de que é preciso dar tempo ao tempo. Mas ela segue com a persistente idéia, quase uma fixação:
- Nenhum cara decente vai olhar para mim, eu nunca vou viver algo especial, além de uma pegação aleatória de balada.
Nesses momentos, só me resta lembrar (ainda que sem muito sucesso), que ela é uma jovem linda, inteligente, legal... e certamente, "quando ela menos esperar", vai conhecer alguém tão especial quanto ela. Eu também detestava ouvir isso, mas é fato! A gente sempre conhece alguém especial quando "menos espera". Talvez porque não crie tantas expectativas e enfim...

Pois é pessoal... esse é meu outro lado por aqui, um pouco de psicóloga (algo que eu adoro fazer: escutar e falar)! Talvez porque durante muito tempo eu também não percebi o meu valor. Na verdade, pouco tempo atrás me dei conta de como eu ainda pedia "desculpas" para tudo. Como se tivesse que pedir desculpas por existir, sem me dar conta de como eu sou especial e importante na vida de muita gente. Me dói ver o sofrimento da minha amiga, mas a boa notícia é que um dia a gente acorda!

As incertezas e os medos da minha amiga me fizeram voltar no tempo... nos longos anos da minha adolescência e da mesma confissão que ouvi de uma dezena de amigas nesse meio tempo. Eu mudei, ainda estou mudando... e estarei em mutações constantes até meu último dia de vida.
Mas hoje eu sei, como na canção de Doris Day (que escutei em dois filmes diferentes essa semana): "que será será, o futuro não é nosso para ver!" Não sei o que me aguarda, ainda tenho meus medos, controlo minhas ansiedades, mas aprendi a aproveitar melhor o belo caminho por onde passo, enquanto construo o meu futuro. ;-)

When I was just a little girl (Quando eu era apenas uma menina)
I asked my mother what will I be (eu perguntei para minha mãe o que eu seria)
Will I be pretty, will I be rich (eu seria bonita, eu seria rica)
Here's what she said to me (eis o que ela me disse)
Que sera, sera (o que será, será)
Whatever will be, will be (o que será, será)
The future's not ours to see (o futuro não é nosso para ver)
Que sera, sera (o que será, será)

http://www.youtube.com/watch?v=xZbKHDPPrrc

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Alguns dias...


Vinhos e frios num sábado de outono com um casal de amigos italianos (Marseille)...

Pôr do sol em Montpellier...

Alguns dias eu fico inexplicavelmente mais triste, meio desanimada! Sexta eu fui para Montpellier participar de uma reunião de pesquisadores do vinho. A reunião foi produtiva, fiz bons contatos, validei meu questionário com um pesquisador do setor, tive um feedback muito positivo, tudo certo! Mas... sei lá...

Talvez seja pelo cansaço físico por ter dormido duas horas e meia aquela noite para pegar o trem... Talvez um pouco de solidão aguçada pela expressão apaixonada do reencontro de diversos casais na estação de trem... Talvez ver o pôr do sol em Montpellier aumentou minha saudade... Talvez um pouco de tudo... Essas coisas não tem explicação!! Bom, mas são apenas alguns dias e eles passam rápido! Eles podem acontecer no Brasil, na França, na China ou em Marte... se bem, que Marte é muito quente e não tem praia, acho que lá, eu ficaria realmente deprimida... hehehehe

Esses dias a parte... O outono está chegando por aqui e eu adoro as paisagens dessa estação, sobretudo na França! O vento no meu rosto, as folhas secas pelo chão, um friozinho gostoso pela manhã... O outono pode ser uma estação meio triste, mas para mim, o outono lembra renovação! Por vezes, a gente precisa deixar cair algumas folhas para produzir novos e deliciosos frutos no próxima estação!

Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A paixão universal pelo futebol...


O Vélodrome!! Olympique de Marseille X Monaco pela Liga Francesa (outubro/2009)

Esquenta na casa da Elisabeth e do Fréd! Quitutes franceses e caipirinha brasileira...

Esse final de semana eu finalmente assisti um jogo do Olympique de Marseille (OM) no Estádio do Vélodrome!!! Ainda me lembro da minha primeira vez no estádio do grande Sport Club Internacional de Porto Alegre ... É uma emoção completamente diferente. A gente grita, torce, prende a respiração e vibra com o gol (e como vibra...).

Eu assisti o jogo do Olympique de Marseille contra o Monaco e, infelizmente, deu Monaco por 2 x 1. Confesso que o vermelho do Monaco me transportou para o Beira-Rio e por um instante, eu quase troquei de lado... risos! Na França eu torço para o Olympique de Marseille (azul e branco), mas minha paixão brasileira é vermelha!!! Sim, eu sou COLORADA! Glória do desporto nacional / Oh, Internacional / Que eu vivo a exaltar... (http://www.youtube.com/watch?v=He-NsYcEIOI&feature=related) Adorei essa versão do hino do Inter...

No final do jogo, o OM reagiu! Mesmo com vários chutes a gol... a bola insistia em não entrar para pelo menos empatar. Os torcedores já estavam meio decepcionados com a derrota para o Real Madrid na quarta e no domingo para o Monaco, sobretudo em casa! Foi demais para alguns torcedores Marseillaises! Vários abandonaram o Vélodrome no final de primeiro tempo, quando ainda estava 2 x 0. Quando a equipe mais precisava de apoio, abandonaram o "time do coração". Mas que paixão é essa???

Acho que um torcedor "de verdade" não abandona seu time diante de uma derrota iminente... A gente agüenta firme, inclusive todas as piadas dos colegas na segunda-feira. Não se pode ganhar todas as partidas! Na vida é assim também, às vezes a gente ganha, às vezes a gente perde... o importante é continuar no jogo, uma virada é sempre possível. Com a taça na mão ou na segunda divisão, eu sigo firme, afinal o campeonato está apenas começando! ;-)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Solidão que nada!!!


Uma joaninha pousou na minha mão no Cabo da Roca... A ponta mais ocidental do continente europeu (Portugal, maio/2009). Segundo Camões, "aqui... onde a terra se acaba e o mar começa!"
Gosto de ficar mais tarde na minha sala na Universidade... Todos se vão e eu fico aqui, admirando o céu rosado do fim de tarde atrás das montanhas que cercam o campus. Talvez por ser filha única, nunca tive problemas com a "solidão". Gosto de interação, de festa, de multidão... Mas gosto também de aproveitar bons momentos comigo mesma.

Quando a gente muda de país, ou mesmo de cidade, a fase de adaptação é sempre um bom momento para curtir essa solidão. Veja bem, não falo da solidão com a conotação negativa que muitas pessoas usam, falo sim de aprender a curtir e gostar da própria companhia e para isso, é preciso estar só.

Estar só não por obrigação ou falta de opção, mas por uma escolha própria. É claro que não acho que a gente vai ficar "sempre" sozinho... A companhia da família, dos amigos e de alguém mais especial fazem um bem danado!! Só defendo o argumento que, a gente só consegue ser feliz com alguém, quando aprender a ser feliz sozinho. Caso contrário, corremos o risco de colocar sobre o outro todo o peso da nossa felicidade (pobre pessoa). Acho que a felicidade numa relação a dois é uma troca gostosa: você é feliz fazendo o outro feliz e você só consegue fazer alguém feliz sendo feliz consigo mesmo.

Afinal...
Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão, que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão, que nada
(Cazuza)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

As crises existenciais de um doutorado...

Estressada, eu?! Eu tenho alma ZEN!! hehehe Mas não é verdade, as crises existencias durante o doutorado são frenqüentes! Desabafando o meu stress com alguns amigos, decidi compartilhar com vocês as principais fases desse processo que dura em média 4 anos.

A gente entra em crise para achar um tema, inovador, relevante e interessante, já que vamos dedicar quatro anos estudando o mesmo assunto. Para fazer uma Tese é fundamental tesão pelo tema. Além disso, ainda tem a pressão das disciplinas, textos, trabalhos e a obrigação de fazer "perguntas inteligentes" durantes os seminários.

Depois a gente sofre com a qualificação, pois sempre existe o risco de sermos reprovados. Estruturar os argumentos, provar que temos maturidade teórica para sermos PhD´s... Ufa! Passou...?!

Aí vem o projeto, nesta fase alguns namoros e casamentos entram em crise... A gente entra de corpo e alma no projeto. Levanta, acorda e dorme pensando no maldito projeto. Somos quase sugados para dentro daquelas páginas e pior, tem que passar pelo orientador e pela banca para avaliação. Novamente, sempre tem o risco do projeto não passar pela banca. Nessa fase, as crises relacionais podem atingir também o orientador. Há quem peça o divórcio do orientador(a)! Mas superada essa fase, a tendência é que a relação fique mais forte (ou não)!

Sobrevivemos ao projeto... é hora da coleta de dados. Que sentimento de impotência... Já fizemos a nossa parte, temos um quadro conceitual e um questionário, agora precisamos que respondam!!! Agora a gente manda email, liga, vai até o local, suplicando uma oportunidade de dizer: Oi... Eu sou legal, me dê "40 minutos" ou responda meu questionário pelo amor de Deus! Mas nem sempre funciona. O cronograma atrasa... e uma nova crise existencial: Por que eu fui inventar de fazer doutorado? Será que vou conseguir terminar? Podia tem feito um projeto mais simples? Bom, agora não tem mais volta... Tô mais pra lá do que cá... (Sim amigos, eu estou nessa fase)!

Então a redação... a gente lê e escreve, escreve e relê, joga no lixo e escreve de novo... pior, como no projeto, tem dias que se gasta uma tarde para escrever três parágrafos. Aos poucos, a tese (ou dissertação) vai ganhando corpo. As dores do parto são intensas, muitas contrações.... o orientador está lá para trazer a criança ao mundo, algumas vezes com auxílio de fórceps! A criança chora... Nasceu!!!!!

Finalmente, o dia da defesa. É função da banca trazer críticas "construtivas" para melhorarmos o trabalho. A banca não conhece o nosso "sofrimento", parece indiferente às centenas de horas de trabalho, nas quais fomos privados da companhia de pessoas queridas. Terminou... aí surgem novos dilemas profissionais... e um novo ciclo pode começar!! hehehehe

A tese é um trabalho individual, mas a solidariedade dos amigos e da família é fundamental. Não precisa dizer nada, muitas vezes só queremos que alguém escute nossos medos e queixas. Cabe a ressalva que o doutorado não é apenas uma seqüência de crises existenciais... Acho que o grande desafio é encontrar o equilíbrio e aproveitar ao máximo a companhia das pessoas que estão ao nosso lado nesse processo, cansativo, mas também de grande crescimento pessoal e profissional. Por sinal, aproveito para agradecer aos amigos, que mesmo virtualmente, tem me ajudado a superar os meus dias de crises existenciais. Muito obrigada, pessoas queridas!! ;-)

Só me resta então desejar, boa sorte para todos nós...

domingo, 27 de setembro de 2009

Casa em ordem e unhas vermelhas!



Finalmente consegui colocar tudo no lugar... ou quase tudo! Depois de tirar os primeiros objetos da mala com uma criança eufórica diante de novos brinquedos, retomo meu ritmo francês. Hoje eu desmontei o guarda-roupa, pelo simples prazer de reorganizar tudo. Fazer uma grande limpeza na casa é também uma forma e parar e organizar a si mesmo. Ao final, um misto de cansaço físico e satisfação pessoal compensam as horas dedicadas aos afazeres domésticos.

No fim da tarde, eu tirei um tempo para mim. A lista é longa dos pequenos cuidados pessoais que uma mulher precisa incorporar no seu cotidiano: sobrancelha, unhas, máscara para o rosto, creme esfoliante, hidrante para o corpo, para as mãos e para os pés, depilação... Concluída a lista, admiro minhas unhas vermelhas, orgulhosa de mim mesma. Afinal, não é fácil pintar sozinha as unhas de vermelho.

Vocês sabem que a cor clássica das minhas unhas é o renda - branquinho e discreto. Combina bem com o equilíbrio e a simplicidade que busco para a minha própria vida. Mas essa semana eu vou de vermelho... Pintar as unhas de vermelho pode representar muitas coisas ou um simples apreço pessoal pela cor. Quando pinto de vermelho é porque quero me sentir uma mulher mais madura, auto-confiante, segura, independente.... Ainda lembro de pedir para Neiva, minha querida manicure brasileira, que pintasse minhas unhas de vermelho no dia da entrevista para a seleção do doutorado. Eu queria parece uma jovem madura, queria ser convicente de que estava preparada para o doutorado. De fato, acho que isso não fez muita diferença para os meus entrevistadores. A questão era eu acreditar em mim mesma.
Para isso, vale (quase) tudo, até pintar as unhas de vermelho ;-)
Boa semana!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

De volta...

Vista parcial da Notre Dame de la Guarde (Marseille, France)
Estou de volta a minha pátria emprestada (se isso for possível)... Depois de três semanas, muito trabalho e fortes emoções, enfim... de volta ao meu pequeno studio e a minha mesa de trabalho nas madrugadas ornamentada pelas minhas rolhas de vinhos que lembram bons momentos, uma ovelhinha belga, um peregrinho de Santiago, três sapatinhos holandeses e uma dondoca pernambucana. Se eles falassem, talvez pudessem dizer que sentiram minha falta durante meu tempo no além-mar... hehehehe

Infelizmente, depois da minha primeira viagem mais longa não tenho mais plantinhas. A minha gerbera se suicidou... ;-( Eu explico, deixei a coitadinha na sacada, pois não conhecia ninguém de "confiança" para cuidar dela por mim. Quando voltei, vi apenas o vaso quase soterrado. Acho que ela estava muito estressada com as minhas confidências ou se sentiu abandonada... e se lançou da sacada! Bom, a explicação mais racional, é claro... a simples ação do vento mistral, matou minha plantinha com a queda.

Agora não tenho mais plantas, pois nem um cacto sobreviveu aos meus cuidados. Talvez tente no futuro, quando me tornar uma mulher mais responsável (risos!). Nesse caso a história foi outra... O cacto ficava no meu quarto, mas precisava de mais sol. Decidi, então, levá-lo para o jardim da casa dos meus pais. Meu pai olhou com ternura o pobrezinho e decidiu cuidar para que ele sobrevivesse... Passou a regá-lo todos os dias! hehehehe Dias depois, comentei com ele: - Pai, não sei o que aconteceu com meu cacto, ele está cada dia pior... A pronta resposta de meu pai foi: - Não te preocupa, estou salvado o "bichinho", estou regando ele todos os dias. Eu sei, inacreditável! Já era tarde. O cacto morreu...

Mudando de assunto, nessa madrugada de desvaneios... A gente se engana quando acha que só tem ladrão no Brasil. Quando eu voltei, descobri que roubaram quase tudo que estava na minha sacada: uma vassoura, um balde, uma bacia, um rodo, um pequeno estendedor de roupas , uma sacola reciclável com umas 10 garrafas de vinho e uma cadeira branca de plástico. Foi uma limpa... literalmente!!!! Pelo menos, o ladrão foi legal, deixou a cadeira mais bonita e o estendedor maior e mais caro. Nem os travesseiros da cadeira ele levou... vai entender! Estou triste pelo equipamento de limpeza, mas feliz porque ele deixou a minha cadeira preferida.

Sei lá... talvez eu tenha mania de "Poliana", mas me recuso a ver o lado negativo das coisas. Tudo coopera para o meu bem! Até que a sacada ficou mais bonita e o ladrão foi legal. Ele carregou o peso das minhas garrafas de vinho para a reciclagem e a sacada está bem limpinha, juro que ainda não entendi!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Possibilidades...


Jardim do Hotel Transamérica (ENANPAD, São Paulo)
Então pessoal, estou na minha última etapa no Brasil: O Encontro Nacional da ANPAD em São Paulo. Já apresentei meus artigos e agora estou um pouco mais tranqüila, principalmente depois de uma longa conversa com meu orientador brasileiro para alinhar meus próximos passos. Consciente do trabalho que me espera, agora posso me organizar e programar minhas tarefas até dezembro.
Confesso que muitas vezes às indefinições da minha vida profissional me incomandam. Nos últimos dias no Brasil comecei a pensar em todas as minhas possibilidades após o doutorado. Os que me conhecem um pouco mais, sabem da minha mania de planejar a vida no longo prazo. A questão é: quais são os meus objetivos profissionais depois da França? Eu sei, a indecisão sempre foi uma característica muito feminina...
Sigo querendo ser professora, pesquisadora (de preferência sobre o setor vinícola, para continuar as prazeirosas degustações) e sossegar a vida em algum lugar com vista para o mar. De Florianópolis à Natal, as possibilidades podem ser muitas e diversas. Por outro, preciso ser racional e realista. O que me aguarda agora é a França, uma coleta de dados, a elaboração de uma tese, uma banca... para depois eu começar a pensar em concretizar essas possibilidades.
Pois é, a gente sempre se estressa por antecipação, é da natureza humana. Sei que não tenho muitas decisões para serem tomadas no médio prazo e isso também me tranqüiliza. Logo, o que posso fazer é deixar a vida me levar, racionalizar menos e relaxar mais olhando os pássaros no jardim do hotel, batendo um papo delicioso com uma amiga e atualizando o meu blog.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reencontros...

Camila, Michael e eu (novembro de 2006)


Um dos momentos mais emocionantes da minha volta foi rencontrar Michael e Camila! Esse casal mora no meu coração por vários motivos... Além de ser meio cupido dos dois, sempre fomos muito amigos! Cá entre nós, eu adoro ser cupido das minhas amigas e às vezes dá certo... hehehehe

Alguns dias antes da minha viagem para o Brasil, Michael sofreu um grave acidente de moto. Foram dias de muita preocupação, pois não sabíamos muito bem quais seriam as conseqüências do traumatismo craniano que ele sofreu. Vocês não imaginam a minha alegria ao receber o abraço apertado de Michael, cheio de saudades. Apesar de um pouco confuso e esquecido, ele se lembrava de mim e tentava explicar aos pais da Camila que eu era sua amiga e que ele sentia saudades. Lindo também foi olhar de Michael para Camila. Com um tom quase infantil, ele dizia que só estava lá porque a amava. Agora Michael está se recuperando... e vocês sabem: a cura do corpo ou da alma é sempre um processo lento, mas ela acontece!

Fico triste dos meus dias terem passado tão rápido, queria ter passado mais tempo com meus amigos e minha família. É quase hora de voltar e eu tenho me desdobrado entre a doutoranda, a filha e a amiga. Sentir o afeto deles, recarregou minhas baterias para os próximos meses de França ;-)

Mas para fechar esse post, preciso citar uma das minhas frases preferidas no grande Vinícius de Moraes: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida...." Preciso filosofar com vocês sobre essa frase, mas deixo para uma próxima oportunidade!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trabalho de campo na Serra Gaúcha...

Vinhedos em Bordeaux, França (abril/2009)

Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, Brasil (novembro/2008)

Essa semana iniciei minha coleta de dados no Brasil: cinco dias de entrevistas na serra gaúcha! O clima não ajudou muito! Muita neblina, muita chuva, muito frio... combinam muito bem com uma deliciosa taça de vinho.

Os vinhedos sempre me impressionaram pela sua incrível de renovação. Durante o inverno são plantas secas, parecem sem vida alguma... É quase triste olhar os parreirais durante o inverno. Mas começa a primaveira e surgem as primeiras folhinhas verdes!! Então, chega o verão e os vinhedos estão carregados de seus frutos. No fim do verão é tempo de iniciar a colheita das uvas. Acho que muitas pessoas tem a mesma capacidade de renovação dos vinhedos. Passam por estações de inverno e a vida parece secar... mas logo vem a primavera e a vida floresce de novo.
Além disso, para um bom vinho, as uvas devem ser colhidas no momento certo para cada finalidade. Nem antes, nem depois... Para vinhos mais doces, uvas mais maduras. Para vinhos mais secos, uvas no ponto (nem maduras demais, nem verdes). Na verdade, uvas verdes são sempre um grande problema para o processo de vinificação. As uvas precisam ser colhidas no momento exato para garantir um bom vinho, ou pelo menos honesto, pois para um grande vinho, dependemos de um bom solo, do clima e do cuidado durante ano todo.
Enfim, escolha bem o solo, cuide dos parreirais, conte com a sorte para um bom clima e colha as uvas no momento certo!!
Um brinde ;-)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Road trip pela Europa!!

Paisagem na Escócia...
Vinho e Pizza na Cours Mirabeau em Aix en Provence...

Meu post está meio atrasado... mas ainda válido!! hehehehe

As minhas férias de verão foram deliciosas! O calor do verão europeu e a parceria de Juliana na Inglaterra e na Provence para dias lotados de aventuras pelo desconhecido: Road trip no Reino Unido e na Côte d´azur... Na verdade, depois de muitos dias viajando juntas, chegamos a conclusão que o nosso segredo era não termos medo de nos perdermos. O máximo que poderia acontecer era conhecermos um novo caminho para um novo lugar... E foi assim que chegamos aos nossos destinos e descobrimos outros!

Fisicamente exastas, mas felizes.... encerramos nossas road trips do verão europeu de 2009 e voltamos a nossa atarrefada vida de doutorandas. Eu sigo coletando os dados no meu terceiro ano e Juliana segue para iniciar seu último ano de doutorado! Mas o caminho das minhas pequenas férias me trouxe pessoas maravilhosas, deliciosas surpresas, momentos inesquecíveis e boas memórias.

Devo dizer que fazer um doutorado no exterior (pleno ou apenas uma parte) não se limita aos prazeres de interagir com culturas diferentes, fazer novos amigos e visitar outros países... Muitas vezes eu me perguntei: "O que eu estou fazendo aqui???" Nunca me arrependi, mas alguns dias são difíceis. A saudades dói, a solidão aperta, os obstáculos aumentam de tamanho, mas a gente continua assim mesmo. Pensando sobre as nossas viagens e o nosso doutorado, chegamos a conclusão que nenhuma experiência é fácil ou difícil, sempre depende do significado que damos a ela.

Agora já estamos programando uma nova road trip 2010/2011 pelo nordeste para comemorarmos o fim do doutorado (que esperamos terminar hehehehe)... mas desta vez em solo brasileiro! Por sinal, enquanto finalizo este post, eu estou escutando Toquinho - ao que vai chegar... Acho que essa música reflete bem como nos sentimos ao final do nosso verão europeu: muitos desafios pela frente, mas com uma grande possibilidade da gente simplesmente ser feliz!

Voa, coração
a minha força te conduz
que o sol de um novo amor em breve vai brilhar
Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz
Clareia seu caminho e acende seu olhar
Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia
colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer
e não esqueça de trazer força e magia, o sonho e a fantasia, e a alegria de viver
Voa, coração
que ele não deve demorar
e tanta coisa a mais quero lhe oferecer
O brilho da paixão, pede a uma estrela pra emprestar
e traga junto a fé num novo amanhecer
Convida as luas cheia, minguante e crescente
e de onde se planta a paz,da paz quero a raiz
E uma casinha lá onde mora o sol poente
pra finalmente a gente simplesmente ser feliz
http://www.youtube.com/watch?v=wr9dNUDVt3Y