segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fim de ano...

(Momentos marcantes: o dia da defesa, 25 de novembro de 2010)

O ano de 2010 está no fim... Em contagem regressiva, penso nas muitas coisas que vivi neste ano. Recentemente assisti uma reportagem que associava o final de ano ao aumento no nível de 'stress' da população: contas para pagar, presentes para comprar, reflexões sobre o ano que passou e o estabelecimento das metas para o ano seguinte.

Confesso que os últimos dias de 2010 estão sendo um pouco estressantes para mim. Concluí o curso e agora, ansiosa, aguardo os resultados de processos de seletivos. Na prática, ainda sou uma doutora em administração desempregada. Esses dias de ansiedade foram acompanhados por uma forte gripe, que me deixou de cama durante todo o final de semana de natal. Apesar da febre e dos constantes espirros, até que essa parada obrigatória foi positiva. Trouxe muita coisa à toa... Memórias, sentimentos, medos e uma leve esperança de que vai acabar tudo bem, pois, em breve, inicia um novo ano!

Acho que o final do ano também nos inspirar a recomeçar, a refletir nas decisões e a traçar novos objetivos. É hora de passar a régua, acertas as contas e começar de novo. Afinal, ganhamos um calendário novo com 365 dias inteiros para viver e uma agenda nova para preencher. Então, que venha 2011 com novos desafios, aventuras, viagens e muita felicidade...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Medo que acabe...


Nos últimos dias ela estava diferente, mais calada, mais pensativa. Alguma coisa havia mudado em seu olhar. Apesar de uma leve melancolia, havia também um brilho diferente. Como a curiosidade é uma das minhas virtudes e defeitos, não resisti e questionei o que havia ocorrido nos últimos tempos.
- Acabou amiga...
- Mas o que aconteceu? Tudo parecia bem?
- Acho que acabou porque eu tinha medo que acabasse...
- Agora eu não entendi?!
- Com o tempo, tudo foi ficando diferente. Ele se afastou, ficou menos carinhoso, mesmo que não percebesse. Nossos encontros se tornaram cada vez mais espaçados. Quase uma obrigação de final de semana.
- Talvez seja normal com o amadurecimento da relação, não acha? A vida é tão corrida, as obrigações profissionais nos exigem tanto...
- Pois é amiga... aí eu comecei a sentir que, para ele, eu era mais uma obrigação, uma demanda a ser atendida, uma atividade na lista da agenda semanal.
- Mas você conversou sobre o assunto?
- Eu tentei, não sei se consegui me expressar direito... Quanto mais eu buscava atenção e demonstrações de carinho e afeto, mais ele se afastava, mais indiferente se tornava. Então, tive que tomar uma decisão dura e fria para por fim ao meu sofrimento. Foi assim que acabou...
- E você está segura da decisão?
- Segura? Ele me deu todas as evidências que não gostava mais de mim, eu ia ficar esperando o quê? A vida precisava seguir, mas acho que ficou uma lição....
- Que lição?
- As evidências podem enganar, por vezes é preciso um diálogo mais próximo, olho no olho, com todas as cartas na mesa. Abrir o coração, mesmo que doa expor as fragilidades. As pessoas são diferentes e para manter qualquer relação é preciso entender e respeitar as diferenças. Nem sempre resolve... mas talvez acabe com a certeza de que realmente tentamos dar certo e não com a sensação de ter fugido pelas evidências incertas do fim.
Eu fiquei pensando na lição da minha amiga, pensando na minha própria vida e escolhas. De fato, o medo de que acabe podem levar a equívocos, mas isso também serve de lição!