terça-feira, 29 de setembro de 2009

As crises existenciais de um doutorado...

Estressada, eu?! Eu tenho alma ZEN!! hehehe Mas não é verdade, as crises existencias durante o doutorado são frenqüentes! Desabafando o meu stress com alguns amigos, decidi compartilhar com vocês as principais fases desse processo que dura em média 4 anos.

A gente entra em crise para achar um tema, inovador, relevante e interessante, já que vamos dedicar quatro anos estudando o mesmo assunto. Para fazer uma Tese é fundamental tesão pelo tema. Além disso, ainda tem a pressão das disciplinas, textos, trabalhos e a obrigação de fazer "perguntas inteligentes" durantes os seminários.

Depois a gente sofre com a qualificação, pois sempre existe o risco de sermos reprovados. Estruturar os argumentos, provar que temos maturidade teórica para sermos PhD´s... Ufa! Passou...?!

Aí vem o projeto, nesta fase alguns namoros e casamentos entram em crise... A gente entra de corpo e alma no projeto. Levanta, acorda e dorme pensando no maldito projeto. Somos quase sugados para dentro daquelas páginas e pior, tem que passar pelo orientador e pela banca para avaliação. Novamente, sempre tem o risco do projeto não passar pela banca. Nessa fase, as crises relacionais podem atingir também o orientador. Há quem peça o divórcio do orientador(a)! Mas superada essa fase, a tendência é que a relação fique mais forte (ou não)!

Sobrevivemos ao projeto... é hora da coleta de dados. Que sentimento de impotência... Já fizemos a nossa parte, temos um quadro conceitual e um questionário, agora precisamos que respondam!!! Agora a gente manda email, liga, vai até o local, suplicando uma oportunidade de dizer: Oi... Eu sou legal, me dê "40 minutos" ou responda meu questionário pelo amor de Deus! Mas nem sempre funciona. O cronograma atrasa... e uma nova crise existencial: Por que eu fui inventar de fazer doutorado? Será que vou conseguir terminar? Podia tem feito um projeto mais simples? Bom, agora não tem mais volta... Tô mais pra lá do que cá... (Sim amigos, eu estou nessa fase)!

Então a redação... a gente lê e escreve, escreve e relê, joga no lixo e escreve de novo... pior, como no projeto, tem dias que se gasta uma tarde para escrever três parágrafos. Aos poucos, a tese (ou dissertação) vai ganhando corpo. As dores do parto são intensas, muitas contrações.... o orientador está lá para trazer a criança ao mundo, algumas vezes com auxílio de fórceps! A criança chora... Nasceu!!!!!

Finalmente, o dia da defesa. É função da banca trazer críticas "construtivas" para melhorarmos o trabalho. A banca não conhece o nosso "sofrimento", parece indiferente às centenas de horas de trabalho, nas quais fomos privados da companhia de pessoas queridas. Terminou... aí surgem novos dilemas profissionais... e um novo ciclo pode começar!! hehehehe

A tese é um trabalho individual, mas a solidariedade dos amigos e da família é fundamental. Não precisa dizer nada, muitas vezes só queremos que alguém escute nossos medos e queixas. Cabe a ressalva que o doutorado não é apenas uma seqüência de crises existenciais... Acho que o grande desafio é encontrar o equilíbrio e aproveitar ao máximo a companhia das pessoas que estão ao nosso lado nesse processo, cansativo, mas também de grande crescimento pessoal e profissional. Por sinal, aproveito para agradecer aos amigos, que mesmo virtualmente, tem me ajudado a superar os meus dias de crises existenciais. Muito obrigada, pessoas queridas!! ;-)

Só me resta então desejar, boa sorte para todos nós...

domingo, 27 de setembro de 2009

Casa em ordem e unhas vermelhas!



Finalmente consegui colocar tudo no lugar... ou quase tudo! Depois de tirar os primeiros objetos da mala com uma criança eufórica diante de novos brinquedos, retomo meu ritmo francês. Hoje eu desmontei o guarda-roupa, pelo simples prazer de reorganizar tudo. Fazer uma grande limpeza na casa é também uma forma e parar e organizar a si mesmo. Ao final, um misto de cansaço físico e satisfação pessoal compensam as horas dedicadas aos afazeres domésticos.

No fim da tarde, eu tirei um tempo para mim. A lista é longa dos pequenos cuidados pessoais que uma mulher precisa incorporar no seu cotidiano: sobrancelha, unhas, máscara para o rosto, creme esfoliante, hidrante para o corpo, para as mãos e para os pés, depilação... Concluída a lista, admiro minhas unhas vermelhas, orgulhosa de mim mesma. Afinal, não é fácil pintar sozinha as unhas de vermelho.

Vocês sabem que a cor clássica das minhas unhas é o renda - branquinho e discreto. Combina bem com o equilíbrio e a simplicidade que busco para a minha própria vida. Mas essa semana eu vou de vermelho... Pintar as unhas de vermelho pode representar muitas coisas ou um simples apreço pessoal pela cor. Quando pinto de vermelho é porque quero me sentir uma mulher mais madura, auto-confiante, segura, independente.... Ainda lembro de pedir para Neiva, minha querida manicure brasileira, que pintasse minhas unhas de vermelho no dia da entrevista para a seleção do doutorado. Eu queria parece uma jovem madura, queria ser convicente de que estava preparada para o doutorado. De fato, acho que isso não fez muita diferença para os meus entrevistadores. A questão era eu acreditar em mim mesma.
Para isso, vale (quase) tudo, até pintar as unhas de vermelho ;-)
Boa semana!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

De volta...

Vista parcial da Notre Dame de la Guarde (Marseille, France)
Estou de volta a minha pátria emprestada (se isso for possível)... Depois de três semanas, muito trabalho e fortes emoções, enfim... de volta ao meu pequeno studio e a minha mesa de trabalho nas madrugadas ornamentada pelas minhas rolhas de vinhos que lembram bons momentos, uma ovelhinha belga, um peregrinho de Santiago, três sapatinhos holandeses e uma dondoca pernambucana. Se eles falassem, talvez pudessem dizer que sentiram minha falta durante meu tempo no além-mar... hehehehe

Infelizmente, depois da minha primeira viagem mais longa não tenho mais plantinhas. A minha gerbera se suicidou... ;-( Eu explico, deixei a coitadinha na sacada, pois não conhecia ninguém de "confiança" para cuidar dela por mim. Quando voltei, vi apenas o vaso quase soterrado. Acho que ela estava muito estressada com as minhas confidências ou se sentiu abandonada... e se lançou da sacada! Bom, a explicação mais racional, é claro... a simples ação do vento mistral, matou minha plantinha com a queda.

Agora não tenho mais plantas, pois nem um cacto sobreviveu aos meus cuidados. Talvez tente no futuro, quando me tornar uma mulher mais responsável (risos!). Nesse caso a história foi outra... O cacto ficava no meu quarto, mas precisava de mais sol. Decidi, então, levá-lo para o jardim da casa dos meus pais. Meu pai olhou com ternura o pobrezinho e decidiu cuidar para que ele sobrevivesse... Passou a regá-lo todos os dias! hehehehe Dias depois, comentei com ele: - Pai, não sei o que aconteceu com meu cacto, ele está cada dia pior... A pronta resposta de meu pai foi: - Não te preocupa, estou salvado o "bichinho", estou regando ele todos os dias. Eu sei, inacreditável! Já era tarde. O cacto morreu...

Mudando de assunto, nessa madrugada de desvaneios... A gente se engana quando acha que só tem ladrão no Brasil. Quando eu voltei, descobri que roubaram quase tudo que estava na minha sacada: uma vassoura, um balde, uma bacia, um rodo, um pequeno estendedor de roupas , uma sacola reciclável com umas 10 garrafas de vinho e uma cadeira branca de plástico. Foi uma limpa... literalmente!!!! Pelo menos, o ladrão foi legal, deixou a cadeira mais bonita e o estendedor maior e mais caro. Nem os travesseiros da cadeira ele levou... vai entender! Estou triste pelo equipamento de limpeza, mas feliz porque ele deixou a minha cadeira preferida.

Sei lá... talvez eu tenha mania de "Poliana", mas me recuso a ver o lado negativo das coisas. Tudo coopera para o meu bem! Até que a sacada ficou mais bonita e o ladrão foi legal. Ele carregou o peso das minhas garrafas de vinho para a reciclagem e a sacada está bem limpinha, juro que ainda não entendi!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Possibilidades...


Jardim do Hotel Transamérica (ENANPAD, São Paulo)
Então pessoal, estou na minha última etapa no Brasil: O Encontro Nacional da ANPAD em São Paulo. Já apresentei meus artigos e agora estou um pouco mais tranqüila, principalmente depois de uma longa conversa com meu orientador brasileiro para alinhar meus próximos passos. Consciente do trabalho que me espera, agora posso me organizar e programar minhas tarefas até dezembro.
Confesso que muitas vezes às indefinições da minha vida profissional me incomandam. Nos últimos dias no Brasil comecei a pensar em todas as minhas possibilidades após o doutorado. Os que me conhecem um pouco mais, sabem da minha mania de planejar a vida no longo prazo. A questão é: quais são os meus objetivos profissionais depois da França? Eu sei, a indecisão sempre foi uma característica muito feminina...
Sigo querendo ser professora, pesquisadora (de preferência sobre o setor vinícola, para continuar as prazeirosas degustações) e sossegar a vida em algum lugar com vista para o mar. De Florianópolis à Natal, as possibilidades podem ser muitas e diversas. Por outro, preciso ser racional e realista. O que me aguarda agora é a França, uma coleta de dados, a elaboração de uma tese, uma banca... para depois eu começar a pensar em concretizar essas possibilidades.
Pois é, a gente sempre se estressa por antecipação, é da natureza humana. Sei que não tenho muitas decisões para serem tomadas no médio prazo e isso também me tranqüiliza. Logo, o que posso fazer é deixar a vida me levar, racionalizar menos e relaxar mais olhando os pássaros no jardim do hotel, batendo um papo delicioso com uma amiga e atualizando o meu blog.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reencontros...

Camila, Michael e eu (novembro de 2006)


Um dos momentos mais emocionantes da minha volta foi rencontrar Michael e Camila! Esse casal mora no meu coração por vários motivos... Além de ser meio cupido dos dois, sempre fomos muito amigos! Cá entre nós, eu adoro ser cupido das minhas amigas e às vezes dá certo... hehehehe

Alguns dias antes da minha viagem para o Brasil, Michael sofreu um grave acidente de moto. Foram dias de muita preocupação, pois não sabíamos muito bem quais seriam as conseqüências do traumatismo craniano que ele sofreu. Vocês não imaginam a minha alegria ao receber o abraço apertado de Michael, cheio de saudades. Apesar de um pouco confuso e esquecido, ele se lembrava de mim e tentava explicar aos pais da Camila que eu era sua amiga e que ele sentia saudades. Lindo também foi olhar de Michael para Camila. Com um tom quase infantil, ele dizia que só estava lá porque a amava. Agora Michael está se recuperando... e vocês sabem: a cura do corpo ou da alma é sempre um processo lento, mas ela acontece!

Fico triste dos meus dias terem passado tão rápido, queria ter passado mais tempo com meus amigos e minha família. É quase hora de voltar e eu tenho me desdobrado entre a doutoranda, a filha e a amiga. Sentir o afeto deles, recarregou minhas baterias para os próximos meses de França ;-)

Mas para fechar esse post, preciso citar uma das minhas frases preferidas no grande Vinícius de Moraes: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida...." Preciso filosofar com vocês sobre essa frase, mas deixo para uma próxima oportunidade!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trabalho de campo na Serra Gaúcha...

Vinhedos em Bordeaux, França (abril/2009)

Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, Brasil (novembro/2008)

Essa semana iniciei minha coleta de dados no Brasil: cinco dias de entrevistas na serra gaúcha! O clima não ajudou muito! Muita neblina, muita chuva, muito frio... combinam muito bem com uma deliciosa taça de vinho.

Os vinhedos sempre me impressionaram pela sua incrível de renovação. Durante o inverno são plantas secas, parecem sem vida alguma... É quase triste olhar os parreirais durante o inverno. Mas começa a primaveira e surgem as primeiras folhinhas verdes!! Então, chega o verão e os vinhedos estão carregados de seus frutos. No fim do verão é tempo de iniciar a colheita das uvas. Acho que muitas pessoas tem a mesma capacidade de renovação dos vinhedos. Passam por estações de inverno e a vida parece secar... mas logo vem a primavera e a vida floresce de novo.
Além disso, para um bom vinho, as uvas devem ser colhidas no momento certo para cada finalidade. Nem antes, nem depois... Para vinhos mais doces, uvas mais maduras. Para vinhos mais secos, uvas no ponto (nem maduras demais, nem verdes). Na verdade, uvas verdes são sempre um grande problema para o processo de vinificação. As uvas precisam ser colhidas no momento exato para garantir um bom vinho, ou pelo menos honesto, pois para um grande vinho, dependemos de um bom solo, do clima e do cuidado durante ano todo.
Enfim, escolha bem o solo, cuide dos parreirais, conte com a sorte para um bom clima e colha as uvas no momento certo!!
Um brinde ;-)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Road trip pela Europa!!

Paisagem na Escócia...
Vinho e Pizza na Cours Mirabeau em Aix en Provence...

Meu post está meio atrasado... mas ainda válido!! hehehehe

As minhas férias de verão foram deliciosas! O calor do verão europeu e a parceria de Juliana na Inglaterra e na Provence para dias lotados de aventuras pelo desconhecido: Road trip no Reino Unido e na Côte d´azur... Na verdade, depois de muitos dias viajando juntas, chegamos a conclusão que o nosso segredo era não termos medo de nos perdermos. O máximo que poderia acontecer era conhecermos um novo caminho para um novo lugar... E foi assim que chegamos aos nossos destinos e descobrimos outros!

Fisicamente exastas, mas felizes.... encerramos nossas road trips do verão europeu de 2009 e voltamos a nossa atarrefada vida de doutorandas. Eu sigo coletando os dados no meu terceiro ano e Juliana segue para iniciar seu último ano de doutorado! Mas o caminho das minhas pequenas férias me trouxe pessoas maravilhosas, deliciosas surpresas, momentos inesquecíveis e boas memórias.

Devo dizer que fazer um doutorado no exterior (pleno ou apenas uma parte) não se limita aos prazeres de interagir com culturas diferentes, fazer novos amigos e visitar outros países... Muitas vezes eu me perguntei: "O que eu estou fazendo aqui???" Nunca me arrependi, mas alguns dias são difíceis. A saudades dói, a solidão aperta, os obstáculos aumentam de tamanho, mas a gente continua assim mesmo. Pensando sobre as nossas viagens e o nosso doutorado, chegamos a conclusão que nenhuma experiência é fácil ou difícil, sempre depende do significado que damos a ela.

Agora já estamos programando uma nova road trip 2010/2011 pelo nordeste para comemorarmos o fim do doutorado (que esperamos terminar hehehehe)... mas desta vez em solo brasileiro! Por sinal, enquanto finalizo este post, eu estou escutando Toquinho - ao que vai chegar... Acho que essa música reflete bem como nos sentimos ao final do nosso verão europeu: muitos desafios pela frente, mas com uma grande possibilidade da gente simplesmente ser feliz!

Voa, coração
a minha força te conduz
que o sol de um novo amor em breve vai brilhar
Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz
Clareia seu caminho e acende seu olhar
Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia
colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer
e não esqueça de trazer força e magia, o sonho e a fantasia, e a alegria de viver
Voa, coração
que ele não deve demorar
e tanta coisa a mais quero lhe oferecer
O brilho da paixão, pede a uma estrela pra emprestar
e traga junto a fé num novo amanhecer
Convida as luas cheia, minguante e crescente
e de onde se planta a paz,da paz quero a raiz
E uma casinha lá onde mora o sol poente
pra finalmente a gente simplesmente ser feliz
http://www.youtube.com/watch?v=wr9dNUDVt3Y

sábado, 5 de setembro de 2009

Aqui é o meu país...


Show do U2 em Sheffield
Foto: Fabio Reis

Estou de volta ao meu país, ainda que rapidamente, ainda que de passagem, eu voltei!

Depois de alguns posts falando sobre a minha contradição entre querer ficar e partir da França, eu devo confessar: não tem jeito, eu sou apaixonada pelo Brasil... e paixão não é racional. A gente não controla (mesmo que tente), a gente não explica (mesmo que busque motivos racionais), a gente sente! Um dia você acorda morrendo de saudades e pensa: agora é tarde, me apaixonei... É assim também com meu país! Eu saio, eu vou, eu volto e ele segue comigo...

Quando cheguei no aeroporto ainda misturava um pouco os idomas na minha cabeça (pardon? sorry? com licença?), mas me deliciava com a riqueza do nosso vocabulário e com a cadência dos diferentes sotaques. Eu podia pedir informação em português e eu estava consciente dos meus diretos e deveres, uma das principais dificuldades quando a gente mora em outro país. A gente pode até conhecer nossos direitos e deveres enquanto estrangeiros, mas aqui eu sou cidadã brasileira!!!

Penso que agora estou mais consciente dos problemas do nosso país, é claro que isso me incomoda, mas não me faz deixar de amá-lo. Como diria Carlos Drummond de Andrade: " Você pode ter muitos motivos para não amar uma pessoa, e apenas um para amá-la. Este prevalece".

E eu ainda tenho um milhão de motivos para amar o Brasil, afinal, aqui é o meu país!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Malas prontas...





Juliana, eu, Hareesh e Elizabeth... Um final de semana em Barcelona!!

Depois das férias de verão, da correria para organizar tudo e de aproveitar ao máximo os últimos dias do verão na França... acabo de terminar de arrumas as malas!!

Tenho a sensação que estou esquecendo alguma coisa, mas aí me lembro que são apenas três semanas, uma delas em Bento Gonçalves na coleta de dados e outra em São Paulo. É estranho me preparar para voltar para o Brasil, ainda que parcialmente...
Arrumar as malas me faz pensar nos amigos que vou deixar por aqui, nos rostos estranhos que se tornaram conhecidos, nos lugares que me acostumei a passar todos os dias e que realmente gosto... Aí me lembro da família, dos amigos que tenho no Brasil, dos lugares que adoro por lá também. Às vezes queria o poder de atravessar o tempo e o espaço, mas acho que a vida perderia a graça.

Enfim, as contradições são inerentes à existência humana!! Me contradigo no desejo de querer partir e ficar. No desejo de conhecer novos lugares e de voltar aos lugares conhecidos e aconchegantes. De qualquer forma, as malas estão prontas e logo saberei se realmente esqueci algo. Bom, pelo menos eu sei que volto para buscar...