sábado, 30 de julho de 2011

Aula de dança...

(Pelo mundo em junho de 2011)
Mantenha a calma.
Respire fundo.
Você consegue.
Não complique as coisas.
Levante os ombros e encolha a barriga.
Mexa o quadril com vigor e moderação.
Caminhe com leveza.
Pernas alinhadas.
Espere! Antecipar-se pode ser fatal.
Sorriso no rosto.
Deixa que eu te conduzo.
Sinta a mudança no passo.
Os códigos são sutis.
Nunca olhe para os pés.
Respeite o espaço para não machucar o parceiro.
Deixe o corpo girar. Um. Dois. Três.
Agora volta pra mim.
Chega mais perto pra sentir o ritmo da música.
Pronto... Você já sabe dançar!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Homens Frágeis...


Diante da vitrine do Boticário, eu tive certeza: os tempos mudaram e os homens não são mais os mesmos!

Primeiro é preciso contextualizar a mudança das mulheres. Elas organizaram movimentos nos anos 60 e 70, promoveram revoluções, queimaram os sutiãs em praça pública e lutaram por seus direitos. O feminismo ganhou força, rompeu preconceitos e mudou leis em inúmeros países. Embora ainda seja possível verificar muitas desigualdades entre os gêneros ao redor do mundo, vivemos novos tempos. As mulheres lutaram por um lugar ao sol e exigem igualdade.

Diante dessa nova mulher, alguns homens ainda se assustam. Mesmo os que não declaram explicitamente na roda de amigos, é possível perceber que alguns ainda preferem  uma mulher dócil e manipulável. Entretanto, muitos outros se fascinam por uma mulher poderosa! Aquela não pede licença com sua pisada firme e sensual. Então, eles também mudaram!

Eu diria que, nos tempos atuais, o "homem-macho" é aquele que assume o direito de ser frágil (e isso não está relacionado à escolha sexual de cada um). O homem pós-feminismo aceita ter medo, se sentir inseguro e, por vezes, chorar. Esse homem desenvolveu novas habilidades - lava, passa e cozinha (e como cozinha). Ele respeita as escolhas profissionais da mulher e decide estimulá-la a alçar vôos mais longos, pois sabe que essa é a única forma de construir uma relação saudável - respeitando as escolhas do outro.

Nos últimos tempos, percebo que o jogo virou... As mulheres tentam entender esse "novo homem". Eles estão mais complexos e enigmáticos, mas eu diria que também estão mais interessantes e cheirosos. Por isso, aderi à campanha do Boticário - viva o dia do homem! \o/

terça-feira, 12 de julho de 2011

Estado Civil...

(Igreja São Pedro, Porto Alegre, julho de 2011)

Esse final de semana, enquanto aguardava a minha vez no cabelereiro, eu li uma reportagem numa revista feminina - “o facebook é o novo anel de compromisso”. Os relatos dessa nova percepção de comprometimento no mundo virtual eram divertidos. As relações contemporâneas estão cada vez mais complexas. Começo, fim e recomeço não ficam claramente delimitados. Pensando nisso, o facebook apresenta diversas opções de status – não declarado, solteiro(a), enrolado(a), em relacionadomento sério, etc, etc.

Para os mais discretos, não declarar o status é a melhor opção para preservar a intimidade. Os discretos também preferem não publicar as fotos e os fatos do cotidiano. Afinal, nem todos querem divulgar para toda a rede social o estado civil e a rotina diária. Para outros, o facebook tornou-se uma importante ferramenta de marketing nas relações virtuais. Estar solteiro(a) na rede significa estar disponível no mercado, seja em promoção ou “superfaturado(a)”. Quem está solteiro indica estar prospectanto... aberto(a) a possibilidades.

Quase por acaso, eu encontrei, no mesmo final de semana, uma amiga desapontada com sua vida sentimental no facebook. Ela estava saindo com um rapaz há algum tempo e acreditava que estavam juntos, mesmo sem a formalização familiar da relação. Contudo, o tempo passou e ele seguia “solteiro” na rede. Ela, por sua vez, havia optado pela discrição e não declarava seu status. Enquanto ela me relatava a situação, eu me lembrei da reportagem de capa da revista feminina e quase comecei a rir pela conscidência. Mas respeitei seus sentimentos e comecei a refletir.

Talvez ela estivesse esperando do rapaz mais do que ele podia lhe dar. Talvez manter-se solteiro no facebook foi a forma que ele encontrou de indicá-la o limite da relação. Talvez ele simplesmente não tivesse tido tempo de atualizar o status. Talvez ele não considerasse isso tão importante. Talvez gostasse dela, mas queria manter-se aberto às possibilidades naquele momento. Talvez... De qualquer forma, eu achei melhor não opiniar sobre suas intenções do moço em auto-declarar-se “solteiro”. Tinha minha opinião e a guardei para mim. Mas para o bem da minha amiga, eu dei um único breve conselho: esqueça o facebook e seja feliz!

domingo, 3 de julho de 2011

Amiguinho...

(Médoc, Bordeaux, junho de 2011)

Eu sempre acreditei na amizade entre homem e mulher. Um amigo "homem" é muito importante na vida de uma mulher. Ele ajuda a simplificar o universo feminino repleto de elementos complexos, tais como: ciclos hormonais, necessidades múltiplas, inseguranças e temores de um futuro imprevisível. Nas crises existenciais, o amigo escuta silenciosamente (por sinal, uma habilidade masculina invejável) e, ao final, sintetiza sua opinião em breves palavras: "ele está te enrolando", "procure um outro emprego", "não pressiona que é pior" ou simplesmente "prefiro não opinar!". Se o amigo for "metrossexual", é melhor ainda. Ele se torna uma excelente companhia e uma opinião sincera nas compras e nas tentativas de um novo look.

Entretanto, também reconheço que sempre existe o risco da amizade despertar um outro tipo de interesse, sobretudo entre amigos heteros. O problema é quando esse interesse não é recíproco. Nessas situações, o papel de "amiguinho" da mulher que se está interessado passa a ser abominado pelos homens. O "amiguinho" é aquele cara sem risco e sem perigo. Uma vez que a amizade está bem consolidada, a evolução é complicada na cabeça feminina. Ela pensa: ele é um cara legal, inteligente, bem humorado, excelente companhia, mas não tem "química", é apenas um bom amigo.

Leoni já cantava: por que não eu? Não tenho a resposta para Leoni, nem para os amigos apaixonados pelas suas amigas. Paixão não se escolhe, nem se avalia por critérios racionais. Acontece... Depois disso, torça para ser correspondido e se não for, a única alternativa é dar tempo ao tempo tomando um taça de vinho tinto para aquecer as solitárias noites de inverno.

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Quando ela cai no sofá
So far away
Vinho à beça na cabeça
Eu que sei..
Quando ela insiste em beijar
Seu travesseiro
Eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas
Mas na hora esqueço...
Por que não eu?
Ah! Ah!
Por que não eu?...