terça-feira, 3 de abril de 2012

Namorando sozinha...

Semana passada eu acompanhei uma história trágico-cômica que me levou a essa reflexão. Eu saí no sábado à noite para festejar o aniversário de uma amiga. O lugar era bem conhecido e o público fiel. Quase no fim da festa, eu já estava cansada e me encostei no bar para simplesmente observar o movimento. Então, acompanhei a discussão de uma moça descontente com o seu "namorado", que havia encontrado alguém na mesma festa.

O moço tentava se justificar, embora estivessem saindo há algumas semanas e ele apreciasse a sua companhia, alegava não haver compromisso entre eles. A moça afirmou que, após alguns encontros consecutivos, deduziu estar namorando e privou-se de novos contatos. O rapaz decidiu manter-se livre, afinal não tinha certeza de que estava preparado para assumir uma relação. O tema não entrou em debate e eles foram levando até esse incidente...

Não acompanhei o final da história, mas fiquei curiosa. Afinal, o que eles fizeram? Ninguém tinha culpa, tudo foi um problema de comunicação. Quem nunca iludiu alguém, mesmo tentando ser honesto, que atire a primeira pedra! Quem nunca namorou sozinho, que contenha o ar de deboche! Não se controla as expectativas de outrem, e às vezes, nem as próprias.

Acontece que o ciclo das relações contemporâneas está cada vez mais confuso. O processo de aproximação romântica não é mais o mesmo. Nem os príncipes, nem as princesas, nem as expectativas dos homens e das mulheres nas relações. O príncipe já não anda num cavalo branco e a bela princesa não permanece adormecida.  Não é tão simples identificar o começo, o meio e o fim. Então, parece mais fácil ficar enrolado.

Por tudo isso, eu acho que o grande desafio dos solteiros é encontrar reciprocidade! Dizem por aí que todo mundo procura alguém. Suspeito que o mais difícil não seja encontrar, difícil mesmo é lidar com tantos desencontros!

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